Passarinhada no Pantanal, Setembro/14

[Henrique Coelho]

No próximo dia 23/9, de férias, vou sair para uma passarinhada agendada desde o ano passado...

Reservada com 1 ano de antecedência, eu, minha esposa, o amigo birdwatcher Rodrigo Popiel e o guia Geiser Trivelato vamos para o Mato Grosso!

 

Serão 8 dias dos quais 6 percorrendo a Rodovia Transpantaneira de Poconé até Porto Jofre e 2 dias num barco/hotel reservado para fazer fotos pelos rios da região com chance de, quem sabe e com sorte, ver onças pintadas no amanhecer no momento em que elas se aproximarem para beber água do rio.

Óbvio, como de hábito, trarei as fotos aqui para a nossa querida COCA!

Lá, terei a oportunidade de ver Arara Azul Grande, livre, bela e solta, Tuiuiús, o meu gavião preferido - o Gavião Belo, e uma infinidade de outras aves. A Região de Poconé tem mais de 400 espécies registradas. Se puder ver um pedacinho delas e ainda por cima fotografar, vai ser literalmente o bicho.

Apenas tenho de lembrar de olhar pros lados e ter certeza que não tem ninguém me 'filmando' também... (Crocodilos, Onças, Sucuris, Harpia...)

Já estou cá a separar os apetrechos e equipos, repelentes e outras cositas.

O guia Geiser Trivelato esteve com outro grupo lá recentemente. Mais de 100 espécies avistadas, 80 registradas, ariranhas,lontras, crocodilos, veado pantaneiro e... 6 onças!

Editado Outubro 5, 2014 por Henrique Coelho

[Macedo]

Opa, que inveja boa, aproveite a viagem e nos presenteie com belas imagens.

 

Eduardo Macedo.

[Ivan Marques]

Show de bola meu amigo! Sigo acompanhando sua jornada!

Ah... aproveite para praticar a pesca esportiva!

[Odair de Sá]

Muito bom Henrique.

 

Aguardaremos as imagens.

 

Odair

[LUWerner]

Já conhece o Pantanal? Absolutamente fantástico.

[Takao]

Aguardando as imagens!

 

Que volte inteiro para nos contar como foi, rs

[Henrique Coelho]

Aguardando as imagens!

 

Que volte inteiro para nos contar como foi, rs

 

Essa é a idéia !

[s200]

que faça uma boa viagem e traga otimas fotos...sonho antigo de conheçer esta região,ano que vem será minha vez de o fazer.

[MATTHEW QUIGLEY]

Entardecer pantaneiro, lindo, cor de sangue, pássaros mil retornandso a seus lares...diferenciando-se dos zumbidos de milhares de insetos voadores e do clic, clic extasiado dos turistas , na canoa próxima a um Pau de Novato, ouviu-se um estalar, um CLÉC, CLÉC próximo, muito sugestivo do ruído que o macharrão faz com suas selvagens orelhas... discretamente Geiser, o guia, pediu a um turista de São Paulo de coletinho de fotógrafo, para que recolhesse a poita, sob protesto de todos...

[Henrique Coelho]

Hahaha, poético!

[MATTHEW QUIGLEY]

Sob uma saraivada de apupos e assovios, Denis, o piloteiro, remava frenéticamente para bem longe da margem....e as manadas de pássaros multicolores e esquadrilhas de mosquitos hematófagos continuavam indiferentes em sua labuta vespertina...o barco de turistas paulistas ia de bubuia, acelerando no velho rio pantaneiro...em dado momento, inopinadamente, Denis o piloteiro de partida com motor em avante, arremessando nosso amigo, o do coletinho, no colo de um senhor de rostto avermelhado, com uma enorme teleobjetiva...

[Henrique Coelho]

Partiu Poconé, MT !

[Ivan Marques]

Partiu Poconé, MT !

Boa viagem!

[Rui Saiki]

Henrique tá tudo bem aí...tornado passou por aí...

[Robson Almeida]

• Aguardando os registros.

[Henrique Coelho]

Estou já no caminho de volta. Estou aqui no Araras Eco Lodge. Vamos subir a torre de observação agora a tarde.

+ de 200 espécies observadas.

130 fotografadas das quais 101foram novas pra mim. Acho que a Rita fez 103 novas até agora. fora mamíferos, répteis e anfíbios de todo jeito.

 

Destaque para 3 Onças Pintadas que vimos em Porto Jofre.

 

Viagem absolutamente inesquecível.

 

O cyclone passou no Rio Paraguai mais ao sul daqui.

Por aqui, todos os dias na casa de 40 graus.

[Macedo]

Aguardando as fotos kkkkkk.

 

Eduardo Macedo.

[Ivan Marques]

Estou já no caminho de volta. Estou aqui no Araras Eco Lodge. Vamos subir a torre de observação agora a tarde.

+ de 200 espécies observadas.

130 fotografadas das quais 101foram novas pra mim. Acho que a Rita fez 103 novas até agora. fora mamíferos, répteis e anfíbios de todo jeito.

 

Destaque para 3 Onças Pintadas que vimos em Porto Jofre.

 

Viagem absolutamente inesquecível.

 

O cyclone passou no Rio Paraguai mais ao sul daqui.

Por aqui, todos os dias na casa de 40 graus.

Bão demais! Aguardamos pelas imagens!

 

Bom retorno!

[MATTHEW QUIGLEY]

Aquí na casa dos 30 graus; e onça tenho amigos que vêm todo dia.

[Henrique Coelho]

Acabou. Já estou aqui em Cuiabá pra pegar o vôo de volta.

Cansado, todo mordido de insetos mas trago lembranças de um Brasil lindo, com belezas naturais de tirar o chapéu.

E onde 99℅ dos turistas são gente de fora do Brasil.

 

Um lugar que eu recomendo todo mundo vir. Vir aqui andar de barquinho e passear em pelo menos uma das diversas mega-pousadas que tem por aqui.

[MATTHEW QUIGLEY]

Bom retorno, descanse bem, e depois poste as " notícias " , rs

Abraço .

[Henrique Coelho]

Bom retorno, descanse bem, e depois poste as " notícias " , rs

Abraço .

Em breve, " A Saga dos Passarinheiros Paulistas no encalço do Uirapuru-Laranja "

Editado Outubro 5, 2014 por Henrique Coelho

[Henrique Coelho]

Post em homenagem ao amigo "Coronel Métil"...

 

9 da manhã e o calor já fazia ensopar a camisa. Estávamos nós na entrada da Trilha do Espinheiro, junto a Transpantaneira na estrada de acesso a Pousada Pouso Aegre. Uma região de capões de mata. Tínhamos na cabeça a experiência do final da tarde do dia anterior quando entramos na trilha fechada onde mal se via o sol atrás do local onde se pressupunha ocorrer o pequeno Uirapuru-Laranja, uma ave de canto bonito com menos de 10 cm e que possui uma cor laranja amarelado que destacava profundamente da cor verde e marrom da mata de cerrado da Trilha do Espinheiro. Um bicho que só poderia ser avistado lá dentro onde a luz não favorece nenhum tipo de foto, onde certamente o flash seria necessário como também rapidez de movimentos com a câmera num ambiente inóspito, cheio de galhos, cipós e plantas grudentas, formigas enormes, saúvas vermelhas e outros bichos de aparência esquisita e ameaçadora. O chão era recoberto inteiramente por folhas secas onde por certo, em alguns pontos, haveriam cobras por debaixo da folhagem. Mas confiávamos nas perneiras que apesar de necessárias aumentavam o calor nas pernas sobremaneira.

 

Na tarde anterior entramos na trilha. Andamos, andamos andamos e num determinado ponto, Geiser, o guia, olha no GPS e avisa. "Hora de sair da trilha e entrar no mato". Entramos. mais alguns minutos de caminhada muito lenta, já não havia nenhuma referência de onde estávamos. Somente a experiência do guia e seu GPS. Ouvimos o bicho cantar. E, com a luz bastante comprometida pelo tempo fechado ameaçando chover, o guia avista o nosso objetivo. Ele me mostrou onde estava. Eu custei a ver. Quando vimos tentamos nos posicionar para fotografá-lo. Nada, Nem um registro. Só borrão. Mal terminávamos de nos posicionar e ele trocava de lugar. A luta prosseguiu e não rendeu nada.

 

Saímos da trilha já escuro e frustrados. "Tentaremos de novo amanhã" sugeriu o guia.

 

E, munidos da esperança de achá-lo, novamente entramos na trilha. Desta vez a luz estava melhor pois pelo menos estava sol do lado de fora da trilha o que garantiria condições mínimas lá dentro. 30 minutos de caminhada e chegamos no ponto onde devíamos sair da trilha. Seguimos em direção ao ponto e ao chegar silêncio total. Apreensão. O guia sugere irmos mais pra frente. Nos deslocamos com dificuldade. "Esperem...cantou". Procura daqui, procura dali e lá estava o Uirapuru-Laranja num galhinho uns 10 metros a frente. procuramos uma posição para fotografar. E ele saia de um galho e ia para outro. Mas invariavelmente no mesmo local. "Aqui deve ser a arena dele, falou Geiser baixinho". E voltou o Uirapuru-Laranja para o mesmo galhinho. Dedo no disparador. Click.

 

Editado Outubro 5, 2014 por Henrique Coelho

[MATTHEW QUIGLEY]

Agradecido estou, emocionado, até.

Quanto trabalho!

Mas recompensado pelo lifer desse lindo pássaro canoro de pequeno porte.

E valorizado pela rica narrativa das peripécias e artimanhas.

Melhor homenagem impossível.

Meu abraço amigo

 

Cel. Métil, envaidecido.

Editado Outubro 6, 2014 por MATTHEW QUIGLEY

[Henrique Coelho]

Aqui vão algumas das muitas fotos que fiz. Passarinhada que me rendeu 101 espécies novas cuja foto ficou, no mínimo, aproveitável. Algumas ficaram bem bacanas.

 

Japacanim fazendo display com o rabo.

 

 

Araçari Castanho em vôo.

 

 

Jacurutu, a maior coruja das Américas

 

 

Martim Pescador Grande

 

 

Olha que legal. Um Tucanuçú comendo uma frutinha que ele pega com o bico e joga pro alto pra cair goela abaixo. Eu eu consegui clicar !

 

 

Tuiuiús no ninho.

 

 

Gavião Belo com sua presa pescada no Rio Pixaim.

 

 

Casaca de Couro de Crista Cinza

 

 

Depósito s ponho mais.

[Ivan Marques]

Excelente, Henrique!!!

[MATTHEW QUIGLEY]

Rapaz...e o Tucanuçú...

[Macedo]

Show de imagens.

 

Eduardo Macedo.

[Halieuta]

Fotos maravilhosas, mas a do tucanuçu é "hors concours".

[Odair de Sá]

Nossa, que beleza.

 

Parabéns.

 

Odair

[Henrique Coelho]

A do Tucanuçú ficou particularmente muito boa.

 

Olha umas outras aqui que eu considero que ficarm muito boas:

 

Um Tuiuiú em vôo. Excelente. Com as asas bem abertas e um belo fundo azul.

 

 

A difícil Picaparra. Olha as patas da bichinha. Que doido.

 

 

Aqui fiz o primeiro registro fotográfico da Primavera para Poconé, MT.

 

 

2 Pica Paus Branco "brincando de esconde esconde" ( um de cada lado da árvore )

 

 

Um belo e grande Cabeça Seca.

 

 

A sempre sombria Mãe da lua Gigante ( fotografada de dia! )

 

 

Aqui um grande momento. Uma Arara Azul Grande no ninho em oco de Árvore !

 

 

E uma foto que muitos almejam. Eu apenas consegui fazer de longe porque o bicho é muito arisco e o ângulo certo é difícil de pegar. Trata-se do Pavãozinho do Pará em vôo, visto pelas costas. Olha que legal. Pena que está longe e o foco não está muito bom.

 

 

 

Mais tarde ponho outras. E tem fotos de outros bichos. Cervo do Pantanal, Capivaras, Ariranhas e... as Onças Pintadas !

Editado Outubro 7, 2014 por Henrique Coelho

[Ivan Marques]

Esse Pavãozinho-do-Pará é sensacional! Lindo demais!

[rafaelhss]

 

 

Mais tarde ponho outras. E tem fotos de outros bichos. Cervo do Pantanal, Capivaras, Ariranhas e... as Onças Pintadas !

 

Sensacional. Aguardando para ver essas fotos!

 

Muito legal sua viajem, espero um dia poder conhecer o Pantanal também.

[MATTHEW QUIGLEY]

Esse Pavãozinho-do-Pará é sensacional! Lindo demais!

Concordo, e ainda bem que não tem nada em comum com outro pavãozinho de lá, candidato ao segundo turno e filho do simpático e honesto ex-governador Jader Barbalho. Editado Outubro 7, 2014 por MATTHEW QUIGLEY

[Henrique Coelho]

Tinha um americano com uma lente daquelas que custa um rim (600mm prime f/4) que usava numa 5DIII que fez uma foto dele daquelas do queixo cair. Bichinho muito legal mesmo.

 

Este tal de Pavãozinho do Pará é danado. As vezes a gente mais ou menos conseguia se aproximar pelo ângulo certo e ficava torcendo pro bicho voar e ele só ia andando, andando andando... ( e a gente xingando atrás voa $@#!@%!%!% ! ! ! )

Mais alguns:

Um belo Gavião Belo Jovem:

Uma majestosa Arara Canindé:

Um parente do Trinca Ferro que tem aqui no Sudeste, o Sabiá Gongá:

Um bandinho de Aratingas de Testa Azul descansando na sombra de uma Mangueira

Jacu de Barriga Castanha no solzim de fim de tarde.

Um simpático Papagaio-Verdadeiro (muitos lá).

Bonito Mutum de Penacho, um casal, a fÊmea em primeiro plano.

E uns bichos coloridos de respeito além do Uirapuru-Laranja que postei mais acima:

O Cardeal (esse também tem no sudeste).

A Cavalaria que lá é igual Pardal comendo um inseto.

E o Cardeal do Banhado.

Editado Outubro 7, 2014 por Henrique Coelho

[Clênio Alves]

Que isto quanta maravilha espalhada pelo nosso Brasil!

 

Parabéns Coelho, mostrando que vc está mesmo com o dedo afiado para os pássaros!

 

 

No aguardo de mais foto.

[MATTHEW QUIGLEY]

Essas fotos fazem um bem danado...ainda vale a pena.

[Macedo]

Simplesmente incrível, um lugar que ainda quero visitar.

 

Bom demais saber que ainda podemos encontrar estes pássaros, muitos tem a chance e não dão o devido valor.

 

Eduardo Macedo.

[Henrique Coelho]

Não é um assunto de aves, perdão. Mas tive a oportunidade fotografar uns outros bichos e conto aqui o “causo das onças” com algumas fotinhas.

 

Cheguei no Barco Hotel Jacaré e já era quase noite. Os nossos sorrisos “orelha a orelha” não tinham como ser descritos. Não havia como descrever a cena da forma correta. Não temos esse dom. Mas temos dezenas de fotos na máquina. A maioria muito tremida de nervoso ou ansiedade do encontro com animais selvagens no ambiente deles ( e não no zoológico ). Mal conseguíamos regular a máquina para as diferentes situações de luz. Acho que se for mais umas vezes eu consigo melhorar muito o que fiz. Mas assim de sopetão foi uma encrenca. Mas deu registro.

 

Saímos cedo na voadeira pilotada pelo “buiú”, assim se apresentava o piloto da lanchinha... Na voadeira seguimos eu, minha esposa e mais o amigo passarinheiro Rodrigo além do Geiser, o guia ornitológico.

 

Vimos outras voadeiras partindo de outros hotéis para explorar a região dos pequenos rios de onde esperávamos ver onças pintadas na margem e poder fotografá-las a uma distância segura. Pelo menos assim nos foi dito...

 

Saímos pouco depois das 7 e chegamos na região através do Rio Cuiabá. Entramos nos pequenos afluentes e escrutinamos as margens por mais de hora e nada. Aí como a dona onça não dava as caras ficávamos mesmo era fotografando as aves que apareciam pelo caminho navegando devagarzinho por entre dezenas de Jacarés.

 

E de repente...

 

Soa no rádio da voadeira “Avistamos um macho aqui depois da Ponta do 3 irmãos”.

 

O Geiser olhou pra nós e singelamente disse: “segurem-se, o piloteiro vai correr...”.

 

O que se seguiu na sequência foi digno dos filmes de James Bond que tem aquelas perseguições aquáticas (uma delas inclusive filmada no Brasil no 007 Contra o Foguete da Morte). Agora entendo porque chamam o tal do barquinho de 6 lugares de “voadeira”.

 

Saiu a milhão em direção ao local. No caminho, encontramos com outras voadeiras vindas de outros afluentes que também tinham recebido “a notícia” pelo rádio e traziam turistas de tudo que é lugar do mundo com suas câmeras e lentes de custar um rim...

 

Dobrando a curva do 3 irmãos desligam-se os motores e segue-se em absoluto silêncio. Um silêncio profundo que combinava bastante bem com o olhos dos jacarés que nos fitavam ao passar devagarzinho e agora a remo próximo ao local do avistamento onde 2 ou 3 lanchas já estavam paradas.

 

E aqui começa a história de Cegueta, Neymar e o Jacaré Morto.

Atores Principais: Cegueta e Neymar
Ator coadjuvante: o jacaré morto.

 

“ Estou cansado... mas não saio daqui nem a pau, Juvenal” pensa o Neymar. Neymar foi o apelido dado pelos guias a um macho de Onça Pintada jovem e forte que estava ali deitado no capão.. Ele não tem cara de bons amigos e tem uma cara meio carrancuda. Perguntei por que do nome Neymar. Ouvi como resposta que esta Onça era conhecida em dar “chapéu” nos turistas. Ela entrava no mato e todos achavam que ia sair num lugar e saia do outro lado. Era uma Onça difícil de marcar e de prever o comportamento. Fugia dos clicks com a maior facilidade.

 

Mas seguindo a história entra em cena um novo personagem: “Esse cara ainda não se mancou e deu o fora? Será que eu vou ter que dar uns tapas nele?” Pensou o Cegueta. Cegueta era o apelido de um macho já bem conhecido dos guias e avistado várias vezes na região e que fez fama junto aos guias por se mostrar um exímio nadador e caçador e por pular na água e nadar saindo do outro lado do rio passando pelo meio dos barcos ou nadando por baixo deles. Isso quando não saia com um jacaré na boca do outro lado... Mas o nome Cegueta vinha do fato dele ter ganhado marcas de briga com outras onças por defender sua área e também briga com as próprias presas que não viravam comida sem antes tentar lhe arranhar e morder de todo jeito. Mas Cegueta é até meio gordo. Um devorador de Capivaras e Turis..., digo de Jacarés e outros bichos que passem na sua frente. Ele tem um olho bem machucado. Tem cara de pouquíssimos amigos e é considerado o manda chuva do pedaço.

 

E o Cegueta segue seu raciocínio: “Esse mala não vai levantar daí e cair fora? Vou dar um pau nele”. E bem na nossa frente Cegueta passou junto ao Neymar e grunhou forte. Arrepiou até o cabelo do francês calvo no barquinho do lado... Isto tudo nós víamos parcialmente pois Neymar estava deitado dentro de capãozinho com uma abertura pequena na frente do rio e que todo mundo se espremia para tentar fazer alguma foto. Neymar estava deitado bem de frente para essa abertura e foi quem, a princípio, recebeu a maior carga de clicks da turistada desvairada.

 

O motivo da discórdia.

 

Não deu pra ver direito mas notamos que além dos grunhidos de aviso, a coisa estava esquentando para uns pescotapas. Coisas de gato. Turistas que chegavam meio atrasados no local achavam que era um casal fornicando... mas logo alguém falava baixinho: “these are two males”. E o turista incrédulo “What are they doing????” Cala a boca e olha... pensei eu.

 

Mas a discussão seguia. “ Tá vendo este jacaré morto aqui do lado” queria mostrar o Neymar. “Fui eeeeu que peguei. Portanto ele é meu e vou comê-lo sozinho. Vai demorar uns 4 dias até eu comer tudo. Mas vou ficar aqui comendo o que eeeeu cacei.”. O argumento de Neymar era forte. Estava realmente escrito nos olhos dele que ele não ia sair dali. Mas o Cegueta não deixou por menos. “Você pegou um jacaré no meu terreno, portanto ele é meu. Ponto”. Um argumento igualmente relevante. É igual aquela história De quem é o ovo que o seu pato botou no terreno da vizinha? Da vizinha? Seu? Do Pato?

 

E os machos seguiam se estranhando um com o outro. E uns 30 turistas tentando ver pela abertura no mato. Eram pintas pra cá, pra lá e barulhos de toda sorte. E o jacaré lá, morto, já fedendo, e com uns pedaços comidos. Eu não consegui fazer foto dele. Nem Cegueta nem Neymar deixaram. E o pau comeu ali no mato.

 

Turistas americanos nervosos “Oh my god” pra todos os lados. E, eis que de repente o silêncio se fez. Cegueta some da cena por trás do capão e reaparece numa prainha ao lado. Todos reposicionam seus barcos para poder clicar o Cegueta que agora aparece no limpinho. E o Neymala? Ficou lá do lado do jacaré morto. “Não saio daqui nem a pau, Juvenal!”.

 

Cegueta andou pela prainha, fitou a turistada e resolveu entrar na água para se refrescar. “Vou dar uma refrescada, beber uma água e voltar lá e dar um pau no Neymala” pensou ele. E lá foi ele encher o saco do Neymar de novo dentro do mato meio escondido das câmeras ( cadê o cachê? ). E depois de mais uma sessão de grunhidas e ameaças de parte a parte, desta vez o Neymar levantou-se e deitou uns 10 metros afastado e debaixo de uma moita e que também não dava pra ver direito. Esperamos lá mais um tempo pra ver se acontecia algo mais nenhum dos dois turrões arredou pé mas também não vimos mais brigas. Disse o Buiú. Enquanto não acabar o jacaré morto, vão ficar ali reclamando um com o outro. Fizemos alguns cliques do Neymar antes do Cegueta encher o saco e vários do Cegueta quando ele veio na prainha e estávamos já felizes. Fomos para outros locais a procura de outras onças.

 

No outro dia encontramos uma fêmea. Também dentro de um mato mas felizmente saiu e se mostrou no limpinho por uns poucos minutos. Depois se agachou em uma moita bem na beira do rio. Ela estava caçando. Iria ficar naquela posição por horas até passar um desavisado jacaré nadando na beira do rio para ela dar o bote. Esperamos. Nada acontecia e fomos para outros cantos. Mais tarde cruzamos com um dos poucos barcos que ficou no lugar.

 

Advinhem? Passou uma Ariranha enorme e ela deu o bote na Ariranha ! Imaginem as fotos que perdemos... Mas é a vida. O resultado, perguntamos, foi que o bote não foi muito preciso e a Ariranha escapou nadando por baixo dágua e a onça resolveu não segui-la.

 

Essas então foram as 3 onças-pintadas (ou Jaguar para os americanos). A expressão do bicho solto e livre é algo que jamais vamos esquecer. E eu recomendo a todos. É um Brasil lindo de ver.

 

Fotos:

 

Neymar olhando pra nós com cara séria...

 

 

 

Neymar ouvindo os grunhidos do Cegueta e mostrando estar de saco cheio...

 

 

Cegueta na prainha ao lado do capão.

 

 

Cegueta se aproxima do rio

 

 

Cegueta entra na água.

 

 

A fêmea avaliando se os turistas nos barquinhos dão um bom almoço...

 

 

E por fim eu e a madame na Pousada Santa Tereza.

[MATTHEW QUIGLEY]

Rsrs, ótimo, ótimo, mas cadê a roupitcha malhada a caráter também?

E as perneironas de Bandeirante Coelho, vindo de São

Paulo?

Por aquí tb. há muita onça perambulando e dando bote sem aviso, mas as daí são de rara beleza.

Muito legal, rí muito, mas com meeedo!

 

Cel. Métil

[Manhanhã]

Essas onças são lindas. Os selvagens se mostram bem diferente dos que se costuma ver em zoológicos. A foto do Cegueta se aproximando do rio está demais. Pode-se perceber que a vida selvagem não é para qualquer um.

[Ivan Marques]

Toooop, amigão!!! Emocionante!!!

[Halieuta]

Além de excelente fotógrafo, é também um ótimo contador de "causos". Ri muito. kkkkkkkkkkkkkkkkkk

[Luiz Ferrarini]

Que espetáculo de fotos, de animais, de viagem.

 

Parabéns Henrique pelos cliques e pela experiencia.

 

Abraço

[Henrique Coelho]

Rsrs, ótimo, ótimo, mas cadê a roupitcha malhada a caráter também?

E as perneironas de Bandeirante Coelho, vindo de São

Paulo?

Por aquí tb. há muita onça perambulando e dando bote sem aviso, mas as daí são de rara beleza.

Muito legal, rí muito, mas com meeedo!

 

Cel. Métil

 

Pô a gente tava descansando ali e eu tirei a perneira. Tava fritando minhas canelas.

A Rita estava de oncinha... Vai que o bicho aparece e pensa duas vezes antes de dar uma dentada. É uma estratégia, né? kkk

[Henrique Coelho]

Agora vamos a uma homenagem ao meu amigo pescador e atualmente virando passarinheiro Ivan Marques !

 

Vamos falar de pescaria !

 

Primeiro vamos falar das Garças Mouras, grandes pescadoras e que gostam de variar o cardápio!

 

Garça Moura pescou uma Cachara !

 

 

Garça Moura pescou um Pintado !

 

E o Gavião Belo?

O Gavião Belo também pesca. E eu conseguiu pegar uma boa sequência de uma destas pescarias. Vejam só:

 

O Gavião Belo em uma árvore na beira do Rio Pixaim, grita para afastar outros pretendentes ao peixe que ele vai caçar!

 

Ao avistar o peixe, ele decola de seu poleiro (árvore ribeirinha) e avança em direção a presa.

 

Partiu ! #almoçonoriopixaim !

 

Para perder altura, começa a recolher as asas.

 

Ao se aproximar do rio, reabre as asas para freiar a decida.

 

Chegando perto da presa, estende as garras.

 

E aí dá o bote no peixe !

 

E decola com o almoço nas garras !

 

E começa a ganhar altura de volta a árvore. Aqui passando na frente da lente do amigo Rodrigo Popiel

 

Seguindo em vôo para o local onde poderá comê-lo sem correr o risco de que alguém roube a sua presa.

 

 

Outra pescaria. Desta vez é o Martim Pescador Verde. Bom, aqui ele já pegou o peixe de uma maneira parecida com o Gavião Belo porém ele o faz com o bico mesmo. Aí ele leva o peixe até um galho onde ele pode bater o peixe contra este galho até o peixe morrer. Saca só.

 

Dá umas porradinhas com o peixe no galho

 

Dá mais umas porradinhas.

 

Ergue o bico.

 

Abre o bico.

 

Foi pra goela.

 

Guardou ! ! !

 

 

Vai um peixe aí?

[Ivan Marques]

kkkkkkkkkkkk!!!! Toooop meu brother!!!

 

Obrigado pela dedicatória!!!

[Odair de Sá]

Espetacular, parabéns amigo.

 

Odair

[Henrique Coelho]

Valeu Odair!

 

Putz esqueci da foto da Ariranha comendo um Dourado!

[Macedo]

KKKK e não é que o Henrique pegou o gosto pela coisa( COISA = CONTOS).

 

Vai acabar escrevendo um livro sobre o COCA.

 

Cada vez que vejo estas fotos, sinto vontade de sair correndo do escritório.

 

Eduardo Macedo.