A precisão de uma arma está ligada a diversos fatores.
Na balística interna podemos citar: compatibilidade correta entre diâmetro do projétil, seu peso/comprimento e o passo de raia adequado pra ele, além de constância da v0, obtidos com controle e ajuste nos sistemas de ignição/disparo. Temos ainda as características construtivas que a depender da rigidez estrutural do sistema e dos materiais empregados podem interferir positivamente ou negativamente na precisão.
Na balística de transição, a coroa do cano é o item de maior importância.
Não adianta ter ajustes perfeitos de v0, um cano com raiamento excelente e uma coroa mal feita, pois esta trará resultados ruins pra todo o resto.
Fico impressionado como os fabricantes simplesmente cagam pra isso. Entregam canos com coroas horrorosas!
No caso específico aqui do tópico, é muito válida a experiência. Contudo deixo como sugestão o recoroamento por corte.
O polimento com esferas ou parafusos dão acabamento na face do cano mas costumam deixar imperfeições na área mais importante da coroa, que é a junção frontal do raiamento.
Neste caso, sempre adotei como procedimento padrão retirar o cano e levar pro torneiro facear, fazendo a centralização do cano a partir da boca (parte interna) e cortando a coroa de dentro pra fora. Atualmante tenho meu próprio torno e faço aqui em casa mesmo.
O grau da coroa é questão de gosto. Usualmente faz-se reta ou em ângulo de 11º, que trazem desempenho final parecidos.