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Modelo fabricado no país nas décadas de 70 e 80 do século passado a princípio na fábrica instalada na Bahia, fábrica essa, fruto de umas férias passadas no Brasil por um filho do antigo dono da marca Gamo, que se encantou e convenceu seu pai a instalar uma fábrica fora da Espanha, o nome da indústria era GAMO Armas e Munições Ltda. Após encerrar as atividades no país a empresa foi adquirida pela Forjas Taurus, que deu continuidade a produção dos modelos, 68, Gamatic, Survival, e que encerrou a sua produção com o modelo Taurusmatic, este apresentava uma roupagem nova em polímero sobre a plataforma da Survival multishot. A apresentação destas duas versões foi com o intuito de mostrar as diferenças dos sistemas de gatilhos utilizados pela Gamo. Adquiri meu primeiro exemplar em novembro de 1986, e que mantive original até 2015 quando instalei um kit Elite de bucha de PU, GR de 45 kg e anel de vedação do cano, posteriormente substituído por um GR de 55 kg juntamente com um calço de PU, com a função de amortecedor nas dimensões de 5 x 25,00 mm. O segundo exemplar foi comprado com o intensão de aprender sobre reforma de carabinas de pressão para posterior venda, e assim foi feito em 2018. Já o terceiro exemplar foi adquirido em 2020, com o intuito de servir como doadora das talas plásticas da telha/pistolgrip para o modelo Survival já reformado. Quando tive o primeiro contato com esta carabina percebi que era uma séria mais antiga que as duas anteriores, pois possuía o gatilho metálico com regulagem por dois parafusos, diferente das anteriores que possuem o gatilho de plástico e regulagem com um só parafuso, além desse detalhe ela também apresenta na parte superior do cilindro um orifício, que tinha a função de permitir a lubrificação e hidratação da bucha do êmbolo, que era confeccionada em couro. Esse exemplar seria a terceira série do modelo 68, vindo atrás da primeira série o modelo no calibre 4,5 postado no primeiro artigo de Tom Gaylord, que apresenta a massa de mira de base redonda e de menor dimensão (1), as talas da telha menores cobrindo quase que somente o pistolgrip e fixada por dois parafusos com porcas (3), o guarda-mato com uma “unha” (2) e o ponto de fixação do cilindro com a armação metálica em ângulo reto (4). Já a segunda série apresenta quase que todas as características destas presentes neste review, como diferença a “unha” ainda presente no guarda-mato. As reformas constaram de lixamento manual de todas as partes de metal, com posterior oxidação das mesma, na primeira reforma utilizei a oxidação à frio usando o Super Blue, já na segunda foi a oxidação à quente com soda pura e nitrato de potássio puro na proporção de 3:1:3 (soda, nitrato e água). Pintura da estrutura metálica com batida de pedra na cor preta e posterior aplicação de spray preto fosco. Como a estrutura metálica estava sem os acabamentos pelo motivo exposto acima, encomendei as peças com o Ronaldo da LF Coronhas Especiais em Campina Grande/PB, e que foram confeccionadas com dois tipos de madeira, muiracatiara para a coronha e soleira, e mogno para a telha, conferindo assim maior equilíbrio a arma pela distribuição das massas. Durante o processo de reforma alguns problemas surgiram, primeiro foi o parafuso de articulação do cano que não soltava, tentei soprador, maçarico portátil, mas só foi retirado quando foi soldado outro parafuso na cabeça deste, e aí sim desenroscou. Já o segundo foi com relação ao pistão, ele possuía uma bucha de PU da Dione e fixado com um rebite parecido a um parafuso, pois não tinha rosca na cabeça do pistão, quando estava abrindo rosca com um macho M5 este quebrou uns 3 mm antes do final da cabeça, foi aí que ocorreram os problemas, pedi a um soldador conhecido que soldasse com a solda MIG um arranque para poder extrair o pedaço do macho, mas ele praticamente preencheu o orifício com um eletrodo inox muito duro, a peça levada a torneiro mecânico ficou uma eternidade, várias tentativas foram feitas, mas pela dureza do metal utilizado foram todas sem sucesso a reabertura de uma nova rosca, já dava por perdida a peça, mas como última tentativa foi apelar para o serviço de abertura de um orifício maior pelo processo de eletroerosão, esse orifício foi aumentado em diâmetro e instalou-se uma bucha rosqueada e fixada com trava química de alto torque e finalmente abertura de rosca M5. Foi necessário fazer um brunimento no cilindro, pois havia duas marcas paralelas quase no final deste que foram removidas. A mola utilizada foi comprada para ser instalada na primeira 68, mas como o guia de mola original era incompatível com o diâmetro interno desta, foi substituída pelo GR, nesta terceira eu utilizei o guia que veio nela e que não era o original, provavelmente foi adaptado um guia da Dione, mas que casou perfeitamente com essa mola. Ao conjunto bucha de PU QS + êmbolo + mola + guia acrescentei a bucha de PU que veio nela, depois de reduzir sua espessura a 5 mm e abrir uma sede para alojar o ressalto do guia de mola, tendo a função de amortecimento, o encamisamento da mola não foi possível devido a falta de espaço para tal. Na alça de mira fez-se adaptação de volantes para regulagem de lateralidade (cabeça de parafuso Allen) e verticalidade (graduador adaptado da Gamo 440), sendo que a primeira ficou com ajuste micrométrico e a última por cliques. As carabinas com sistema de biela articulada são propensas a promoverem raspagem no cilindro, e para resolver esse problema foi aberto uma sede na biela e instalado um patim, semelhante aos usados nas Gamo mais recentes. Peças substituídas, repostas ou adaptadas: -Bucha de PU da Quickshot (s); -Anel de vedação do cano original Gamo (s); -Mola de impulsão em inox (s); -Amortecedor de PU (a); -Volante do graduador de lateralidade (r); -Graduador de elevação (s); -Parafuso do graduador de elevação (s); -Patim da biela (a); -Parafusos de fixação do sistema de gatilho (r/s); -Soleira (s); -Acabamentos da coronha e telha (a); -Parafusos de fixação da coronha e telha (s). Obs.: Gamo 300 Em sequência segue os quadros de catálogo, dimensões e fotos das três carabinas. -Catálogo: -Quadro de dimensões: -Exemplar quando do lançamento: -Primeira reforma: - Fotos do vendedor: -Comparação: -Processo de reforma: -Volante da alça de mira: -Tipo de porca utilizada para unir as talas da coronha: -Possibilidade de adaptação massa de mira da Gamo 440: -Terceira reforma: -Número de série marcado na estrutura da coronha, presente nesta série e no da primeira reforma: -Compressão do GR: -Compressão da mola: -Diferenças na fixação do conjunto do gatilho:1 ponto
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Que arma mais linda! Pena q deu esses contratempos mas como se trata de uma 400s vale a pena esperar para depois sorrir e ver a bichinha trabalhar! Abraços1 ponto