Relação entre consistência e precisão nas carabinas de AR

[RobertoJCR]

Quando iniciei a busca da minha 1º PCP, vieram muitas dúvidas, e uma delas era justamente a importância da consistência para que uma carabina fosse precisa. Para um usuário avançado é fácil compreender, mas vou tentar ilustrar através de gráficos e números para que fique de fácil compreensão principalmente aos iniciantes.

 

Aqui um gráfico extraído do programa ChairGun, ilustrando a diferença de trajetória e do POI(point of impact) de um disparo a 282m/s(linha verde) e um disparo a 270m/s(linha marron). Variação na Velocidade de 12m/s a 50 metros gera uma diferença de +- 1cm no POI

 

 

Aqui um gráfico ilustrando a diferença de trajetória e de POI de um disparo a 282m/s e um disparo a 252m/s. Variação de 30m/s que gera uma diferença de +-3cm no POI nos mesmos 50 metros.

 

 

A variação de velocidade interfere negativamente na precisão porque gera uma diferença de altura entre um disparo e outro, e isso fica mais visível à distâncias maiores como pode ser observado no comparativo a seguir:

 

Com variação de 12m/s temos a seguinte diferença de POI

 

50 metros diferença de 1cm

100 metros diferença de 6,5cm

120 metros diferença de 9cm

 

Quando a variação de velocidade sobe para 30m/s temos a seguinte diferença de POI

 

50 metros diferença de 3cm

100 metros diferença de 11,5cm

120 metros diferença de 28,5cm

 

 

É isso, espero que possa ajudar a entender porque a busca pela consistência é um desafio que toma muito tempo de fabricantes, mestres tuning e de atiradores que querem extrair o máximo de suas carabinas.

 

abs

Roberto

[Visitante BidU...@]

Excelente tópico Roberto!

 

Vai ajudar muitos os iniciantes!

 

Abraços

 

[g l o c k]

Vou tentar relatar aqui como se conseguir para ter uma menor variação em uma PCP.

 

O melhor dos mundos sempre é ter uma carabina regulada, esta carabina regulada pode vir de fácrica assim ( são bem caras ) ou vc pode montar uma com algum armeira de airgun um dos melhores do Brasil é o Paulo Martins.

 

Pois bem entendendo com é essa montagem, para se ter autonomia e uma menor variação o que é feito é troca o cilindro de ar original da carabina com um de maior capacidade e neste cilindro é instalado um valvula preset, esta valvula preset regula o quanto de ar será enviado para o disparo acontece e ele sempre manda a mesma quantidade de ar então os disparos irão tem sempre a mesma velocidade ou uma variação muito pequena, com isso se tornará uma carabina muito precisa.

 

Não vou entrar no mérito sobre precisão pois tem vários fatores que interferem nesse quesito porém ter a mesma velocidade sempre é um ponto primordial.

 

Bom ... Vc não tem grana para transforma sua carabina numa carabina presetada, tem vários artificios que podem ser feitos para melhorar uma original, todas as modificações aconselhor que sejam feitas por armeiro de ar comprimido, PAulo Martins é um mago nessas modificações ...

 

Praticamente tudo é alterado, mola do martelo, peso do martelo, transfer port, tamanho do pelotim, carcaça da valvula de disparo, etc ...

 

Todos esses pontos juntos ajudam muito na quantidade de ar liberada e vc consegue ter uma variação menor de passagem de ar com todos essas modificações e pode ter até uns 30 tiros constantes ou mais dependendo de vários fatores.

 

Espero que tenha dado alguma luz aos que não conhecem nada sobre o assunto.

[Doberman]

Opa Roberto!!! Parabéns cara! Excelente tópico e realmente de muita utilidade para pensarmos e analisarmos como poucas mudanças podem interferir no resultado final de um disparo.

 

Abração!!! :thumbsup:

[Turko]

Oi pessoal,

 

Gostaria de relatar uma experiência. Tenho uma AT44 e buscando padronizar a pressão, decidi seguir alguns conselhos de amigos dos fóruns:

 

O primeiro foi fazer um chanfro na parte de traz da carabina para ter acesso ao parafuso de regulagem de pressão. Com um cronógrafo, consegui fazer alguns testes e consegui alguns bons resultados.

 

A segunda dica é deixar o S80 "engatado direto" na AT44, buscando tornar constante a pressão que vai para o cilindro da AT44, mantendo-o sempre cheio. Fiz o teste e achei interessante, principalmente porque o consumo de ar reduziu bastante, em função de não haver a necessidade do "engata e desengata" em cada recarga. Aparentemente (em função dos agrupamentos) consegui bons resultados, porém não tive ainda a oportunidade de utilizar o cronógrafo para comprovar.

 

Gostaria de saber a opinião dos membros mais experientes, sobre como utilizar estas duas técnicas. Pergunto: "Existe possibilidade de fazer o ajuste de pressão, regulando a quantidade de saída e, depois de ajustado, continuar utilizando o S80 engatado para manter o cilindro da AT44 sempre cheio?"

 

É isso aí pessoal, conto com as dicas de vocês.

 

Abraços e bons tiros!

[fjorge]

Valeu Roberto... pelo que vi até os 20 metros o calibre 4,5 acompanha o calibre 5,5 depois ele cai significantemente sua trajetória.

[RobertoJCR]

Valeu Roberto... pelo que vi até os 20 metros o calibre 4,5 acompanha o calibre 5,5 depois ele cai significantemente sua trajetória.

 

Fernando,

 

Embora apareça na tabela os dois calibres, o comparativo é feito com a trajetória de um projétil calibre 5.5. O que muda é apenas a velocidade.

 

Você pode fazer um comparativo de até quatro disparos diferentes com um mesmo calibre utilizando o ChairGun. Para isso basta que você altere os dados nas diferentes abas do programa.

 

abs

Roberto