GAMO G-CHALLENGER 4,5 mm

[Orlando]

Carabina da família CF (Cañon Fijo) que foi lançada em 2014, praticamente como edição especial para tiro de precisão, onde os grandes diferenciais são sua coronha em Faia sem tingimento, zigrinado a laser característico, com Cheek Piece e soleira reguláveis, e seu cano Walter Lhotar martelado a frio com choque na sua extremidade.

Este modelo vem de fábrica com GR de 70 kg (segundo informação de um membro deste fórum, os últimos dois dígitos de identificação do GR, indicam sua quilagem, este é  Ref. 36270) da Gamo (sistema IGT), gatilho SAT, e com o Transfer Port no tambor de municiamento é cônico indo de 1,0 a 1,2 mm, fazendo com que a velocidade seja 190 m/s, segundo informação do fabricante e produzida somente no calibre 4,5 mm.

A arma em questão foi comprada usada, praticamente original, sendo que a única alteração foi a substituição do gatilho original por um de alumínio feita pelo antigo proprietário. Ela apresentava um problema no muzzle, característico da família CFX/CFR/Máxima onde o parafuso Allen acaba espanando a rosca quando se aperta um pouco mais, ficando frouxa e prejudicando assim a consistência nos agrupamentos. Este problema foi resolvido conforme o tópico postado neste fórum - 

A carabina foi fabricada em 2016 conforme seu número de série, mas a coronha foi feita em 2015.

Apesar de ser uma carabina desenvolvida para tiros de precisão, ela apresenta um forte recuo, isso devido ao GR de 70 k, mas com baixa velocidade e por consequência destas características decidi alterar sua velocidade com a abertura do Transfer Port de 1,2 mm para 2,5 mm, mantendo o mesmo GR até a troca por um GR de 45 k futuramente. Aproveitando esse trabalho troquei os retentores do cilindro de municiamento (o’ring e vedação do cano) e a bucha do pistão, pois todos eram originais, limpeza do cano (foi neste procedimento que percebi que o cano possuía choque, devido a maior força ao passar com o trapo e fio de nylon ao final do cano), batente da biela e lubrificação geral.

As mudanças substanciais percebidas após esta manutenção foi o aumento da velocidade e o aumento do barulho, pois este antes da abertura era um som “abafado”.

Seguem vista explodida e as fotos da carabina a seguir:

 

G-CHALLENGER-24-03-2014.jpg 706×1.024 pixels.pdf

 

 

Reforço da coronha e detalhe da data de fabricação.

 

Retentores originais do cilindro de municionamento.

 

Referência do Gas Ram.

 

GR sem vazamentos.

 

Pistão e bucha original.

 

Cilindro de municionamento com abertura de entrada de 1,0 mm e saída de 1,2 mm.

 

Vareta de limpesa com adaptador usada na retirada do cilindro de municionamento.

 

Coonjunto GR e caixa do gatilho.

 

Processo de abertura gradual do TP.

 

Peças substituidas.

Editado Novembro 17, 2021 por Orlando

[Luiz Almeida]

Cara, que carabina mais linda... Gostei!

[Orlando]

Boa noite amigo Luiz, ela é bonita mesmo, pior que quanto eu a via nos catálogos da Gamo não dava muita atenção porque achava que a coronha era sintética, por ser clara. Abração.

[MATTHEW QUIGLEY]

Conhecia de leitura, nunca ví um espécime ao vivo e a cores.

Bela carabina, Orlando.

Ficou boa de tiro?

C. M.Q.

[Orlando]

Bom dia Métil, infelizmente não tenho espaço aqui em casa para fazer os testes de agrupamento, então foram tiros de teste que fiz, mas para mim ela ficou melhor, o tranco continua o mesmo devido a manutenção do GR de fábrica, mas a velocidade aumentou consideravelmente, abraço.

[MATTHEW QUIGLEY]

Gracias, Orlando.

[Orlando]

1 hora atrás, MATTHEW QUIGLEY disse:

Gracias, Orlando.

A la orden.

[Nilson]

Linda carabina, conhecia ela mas eu não sabia que tinha/tem cano LW. Bela surpresa

[Orlando]

6 horas atrás, Nilson disse:

Linda carabina, conhecia ela mas eu não sabia que tinha/tem cano LW. Bela surpresa

O que eu não sabia Nilson era sobre a existência do choque, tinha visto o vídeo do Arquimedes, e ele dizia que essa carabina merecia um cano com o referido choque, mas que não tinha (a dele), creio que ele não prestou atenção ou não limpou o cano, pois foi assim que descobri a existência do choque, e para confirmar fiz o teste empurrando um chumbo com a vareta de limpeza, onde ao final foi necessário exercer maior pressão para ele sair. Obrigado.

[Orlando]

Teste de potência Gamo G-Challenger x CFX com o chumbo Gamo Match.

[Luiz Almeida]

Baixa velocidade e joules com um GR forte, como explica isso?

[Orlando]

Bom dia Luiz, como disse acima no post o GR - IGT 70 kg é original da carabina, a Gamo criou esse projeto para tiro de precisão/competição, estabelecendo uma velocidade de 190 m/s no calibre 4,5 e para alcançar essa V0 eles restringiram ao máximo a abertura do transfer port, em formato cônico 1,0 a 1,2 mm, mas não levarem consideração o impacto de um GR de 70 kg, que é o mesmo utilizado nas Gamo CFX/CFR com o sistema IGT.

Quando abri o transfer port dessa arma para 2,5 mm, foi pensando em aumentar a V0, o que foi alcançado,  como pode ser visto no quadro acima. Mesmo sendo um GR de 70 kg a V0 não chegou aos 300 m/s! E mesmo que o TP fosse de 3,0 mm acho que não chegaria com chumbos normais! E para isso tem uma explicação segundo palavras do Evandro da Elite, que é a seguinte, a pressão gerada por um GR muito forte ao comprimir o ar no fundo da câmara, faz com que o ar seja aquecido a elevadas temperaturas a um curtíssimo espaço de tempo, fazendo com que ocorra um amolecimento na saia do chumbo e por consequência uma expansão desta contra o raiamento do cano, feriando assim a aceleração do projétil.

Por essa razão é que nem sempre o GR mais forte é o que gerará maior velocidade, isso também dependerá das dimensões do cilindro de compressão, tais como comprimento e diâmetro.

Na plataforma destes modelos CFX/CFR/G-Challenger o mais indicado para o calibre 4,5 seria um GR de 35 a 40 kg e para o 5,5 um GR de 45 kg. Nesta configuração é possível alcançar muita precisão, devido ao baixo recuo e velocidades ao redor de 220 - 240 m/s no 4,5, dependendo do chumbo utilizado.

 

 

[Orlando]

O motivo de comparar as duas carabinas foi devido ao fato de ter comprado um kit da QuickShot Smart Professional de 45 kg para instar na G-Challenger, mas adiei essa ideia e decidi instalar na CFX, apesar de que neste caso o indicado seria um GR de 40 kg, mas como estava levando em consideração o TP de 2,5 mm é que atiro por diversão somente, vamos ver como se sai após a instalação e sua cronografagem. Abraço.

[Orlando]

Trabalho de customização executado na CFX 4,5 com a retirada da mola helicoidal original e instalação do kit Quickshot Smart Professional de 45 kg na posição invertida, fez-se uns ajustes neste kit com a adição de um calço de borracha (aquela usada na vedação de torneiras) entre o tubo do GR e o interior do êmbolo, visando com isso aumentar a pré-compressão do conjunto, e também de um pedaço de acetato (RX) com uma volta ao redor do tudo do GR, proporcionando desta forma um centralização perfeita do GR ao interior do êmbolo.

Foram trocados os o'ring e anel de vedação, ambos do tambor de municiamento por um kit da Quickshot e feito uma retificação no transfer port do tambor, pois este apresentava em seu uma rebarba em um dos lados bem no meio do mesmo. A medida do transfer port desta carabina é de 3,175 mm (1/8"), e não de 3mm como informado anteriormente.

A alavancagem da carabina ficou mais suave após a instalação do kit, e menos pesada quando comparada ao conjunto original, e praticamente faz-se o mesmo esforço para armar quando comparado a G-Challenger, apesar desta ter um  GR de 70 kg.

E como resultado final as duas praticamente apresentam a mesma potência de quase 15 j com o chumbo Gamo Match 4,5.

Editado Novembro 19, 2021 por Orlando

[Orlando]

Luiz neste vídeo da Elite o Evandro explica o que eu disse acima!

 

[Orlando]

Comparativo IGT Gamo 70 kg com kit  inverter rotativo Elite de 45 kg, mantendo o mesmo TP de 2,5 mm.