DIANA MODELO 35 - 1973

[Orlando]

Essa é a terceira carabina alemã que chega às minhas mãos. A primeira foi uma Diana 34 no calibre 5,5, comprada nova em 2001 na Venezuela, e que dei de presente a um colega de trabalho, pois não é permitido sair daquele país com qualquer tipo de arma de propulsão, em retorno definitivo ao Brasil; a segunda foi a HW 97k que ganhei aqui no fórum e a terceira é essa Diana 35 que está mais para “Diona” do que Diana, como vocês verão abaixo.

Carabina clássica e muito mal cuidada, com substituição de peças internamente, coisa não perceptível pelas fotos e tão pouco dita pelo vendedor, foi um tiro no escuro, mas vamos ao que interessa. No anúncio dizia que ela não engatilhava e que faltava o elevador da alça de mira, por conta disso, assisti a um vídeo antes de concretizar a compra mostrando o problema, e mesmo assim acabei comprando, sabendo que seria bastante difícil ou quase impossível de conseguir as peças que necessitava, porque também havia pesquisado em sites estrangeiros sobre tais peças antes mesmo de fechar a compra, sobre disponibilidade e valores. 

Os itens disponíveis para compra no Reino Unido são: Bucha original em couro ou bucha com adaptador em PU, guia da mola, mola impulsora, vedação do cano, graduador e gatilho completo sem a caixa. 

Nessa busca de informação sobre o modelo, achei um vídeo de um italiano com o título Diana/Brema 35 com ricambi nuovi, no qual a pessoa substituía vedações e a mola impulsora, e dava para ver na montagem que ela tinha a caixa do gatilho parecida com a da Rossi Dione. Já em outro vídeo italiano duas pessoas pedem ajuda de onde conseguir o gatilho completo para suas Diana 35.

Depois de informações sobre esse modelo e com a carabina em mãos, parti primeiro para comprar o graduador compatível que faltava, até conseguir algo que poderia substituir e ficar muito parecido ao original, por fim abri a carabina e constatei que ela não possuía o conjunto de gatilho original e sim uma adaptação bem marreta de um conjunto velho (caixa, gatilho e centralizador) de uma Rossi Dione, bem como a alteração do formato do sear do pino guia do pistão adaptado ao gatilho Rossi. Este modelo de pistão tem a possibilidade de girar 180 graus, deste modo há chance de reverter o sistema de gatilho, caso eu consiga o modelo original, bastou inverter a posição e ela voltou a engatilhar. Faltava também uma arruela-calço, lado esquerdo do bloco do cano, essa carabina é diferente do modelo apresentado na vista explodida que consegui, pois possui somente uma arruela-calço e não quatro como se pode observar nessa figura, o lado direito o formato de uma arruela-calço é usinado no próprio bloco.

Iniciei a reforma pela coronha, depois de pensar muito se faria ou não esse trabalho, por se tratar de uma Diana antiga, mas com um visual bem judiado e possuindo alterações no mecanismo, decidi por fazê-la.

Comprei o graduador da Cometa 400, a bucha da Elite usada na Gamo Hunter 1250 / BSA / SAG 2000, e a mola original da Hatsan 125/135/150, esta última depois de pedir ajuda aos companheiros do fórum TPeretti, Alberto José e Daniel Anibolete.

Fiz a adaptação do graduador ao parafuso Allen presente na alça, trabalhei na adequação das dimensões da bucha ao cilindro da carabina, porque não encontrei bucha no diâmetro 28,0 mm no mercado nacional, e a mola cortada após cálculo de suas dimensões e o espaço disponível ao conjunto montado, pistão/caixa do gatilho/engatilhamento.

O primeiro problema surgiu quando tentei substituir a bucha, o parafuso que fixava a bucha original de couro estava travado, e ao forçar sua saída ele quebrou, resolvi eu mesmo retirar o pedaço da cabeça do pistão e foi a pior coisa que poderia ter feito, o extrator de parafuso quebrou dentro da peça, e quando levei ao torneiro ele disse que não era possível fazer nova furação/rosca, porque aquele pedaço de metal duro estragaria a broca de centro que ele usaria, um conselho - não tentem retirar parafuso quebrado com esse tipo de ferramenta, deixe para quem é do ramo. Para consertar o estrago, fiz pequenos furos com broca de 1,5 mm e escareei com ponta montada cônica até retirar todo o material duro, mandando ao soldador para encher com solda MIG, usando um eletrodo o menos duro possível. Voltando ao torneiro para retificar a cabeça e abrir rosca M5, só que devido ao material do eletrodo e a rosca antiga o trabalho ficou mal feito, fora de centro e inclinado, então pedi para refazer e abrir rosca M6, agora sim, problema foi resolvido. Esse problema poderia ser evitado se a fábrica não usasse um pino travando a haste do pistão e parafuso da bucha a cabeça do pistão.

Encomendei ao torneiro uma caixa de gatilho nas dimensões internas do cilindro e nos moldes do conjunto da Rossi, mas com o guia de mola incorporado a caixa, com o diâmetro externo adequado a nova mola da Hatsan. Ele ficou pronta semana passada, só necessitou de pequenos ajustes, que eu mesmo fiz.

Confecção da arruela calço, a partir de uma bucha de nylon, que veio junto com as peças da Rossi 17 que comprei do Daniel Anibolete.

Fabricação de dois novos pinos da caixa da culatra com diâmetros compatíveis com as respectivas sedes.

Ajuste e conformação de um parafuso cabeça de panela M6 Phillips em substituição ao de fixação guarda-mato/cilindro.

Coronha limpa, hidratada para recuperação de vários impactos, lixada e com os pedaços faltantes preenchidos, foi tratada com três demãos de Stain e acabada com 4 demãos de Tru-Oil, a soleira também foi recuperada com o uso de lixa 220 e ajustada ao contorno da coronha.

Massa de mira polida e oxidada com Super Blue, o resultado não ficou como esperava, pois deveria ter usado um produto específico para alumínio.

Todo o corpo metálico e mecanismo serão futuramente tratados, com oxidação a quente, depois de todas as peças serem lixadas adequadamente, onde na montagem final instalarei a bucha de PU preparada, ela foi montada com antiga bucha de couro.

Atualização, algumas modificações foram feitas no mecanismo da carabina, instalação de arruelas, duas metálicas bem finas no bloco do cano como no modelo original, e a terceira dentro do pistão para aliviar o movimento de torsão da mola. Foi adicionado um calço de PU (bucha usada de uma Gamo 440) para funcionar como amortecedor, trabalhando junto com a arruela já existente no conjunto de guia da mola, para esses incrementos (arruela e bucha) houve a necessidade de encurtar a mola em duas espiras, mola essa que sofreu uma retração de 12 mm após instalação e uso. Troca da bucha original de couro por uma de PU que havia sido preparada para isso e por fim a lubrificação de todo o conjunto com pasta G.

Na sequência o quadro de dimensões/especificações, vista explodida, peças de reposição, vídeo  e as fotos comparativas.

 

 

 

 

 

Primeiros disparos em barras de sabão

 

Fotos da atualização

 

Editado Julho 5, 2021 por Orlando

[mazinhowaldemar]

6 horas atrás, Orlando disse:

Essa é a terceira carabina alemã que chega às minhas mãos. A primeira foi uma Diana 34 no calibre 5,5, comprada nova em 2001 na Venezuela, e que dei de presente a um colega de trabalho, pois não é permitido sair daquele país com qualquer tipo de arma de propulsão, em retorno definitivo ao Brasil; a segunda foi a HW 97k que ganhei aqui no fórum e a terceira é essa Diana 35 que está mais para “Diona” do que Diana, como vocês verão abaixo.

Carabina clássica e muito mal cuidada, com substituição de peças internamente, coisa não perceptível pelas fotos e tão pouco dita pelo vendedor, foi um tiro no escuro, mas vamos ao que interessa. No anúncio dizia que ela não engatilhava e que faltava o elevador da alça de mira, por conta disso, assisti a um vídeo antes de concretizar a compra mostrando o problema, e mesmo assim acabei comprando, sabendo que seria bastante difícil ou quase impossível de conseguir as peças que necessitava, porque também havia pesquisado em sites estrangeiros sobre tais peças antes mesmo de fechar a compra, sobre disponibilidade e valores. 

Os itens disponíveis para compra no Reino Unido são: Bucha original em couro ou bucha com adaptador em PU, guia da mola, mola impulsora, vedação do cano, graduador e gatilho completo sem a caixa. 

Nessa busca de informação sobre o modelo, achei um vídeo de um italiano com o título Diana/Brema 35 com ricambi nuovi, no qual a pessoa substituía vedações e a mola impulsora, e dava para ver na montagem que ela tinha a caixa do gatilho parecida com a da Rossi Dione. Já em outro vídeo italiano duas pessoas pedem ajuda de onde conseguir o gatilho completo para suas Diana 35.

Depois de informações sobre esse modelo e com a carabina em mãos, parti primeiro para comprar o graduador compatível que faltava, até conseguir algo que poderia substituir e ficar muito parecido ao original, por fim abri a carabina e constatei que ela não possuía o conjunto de gatilho original e sim uma adaptação bem marreta de um conjunto velho (caixa, gatilho e centralizador) de uma Rossi Dione, bem como a alteração do formato do sear do pino guia do pistão adaptado ao gatilho Rossi. Este modelo de pistão tem a possibilidade de girar 180 graus, deste modo há chance de reverter o sistema de gatilho, caso eu consiga o modelo original, bastou inverter a posição e ela voltou a engatilhar. Faltava também uma arruela-calço, lado esquerdo do bloco do cano, essa carabina é diferente do modelo apresentado na vista explodida que consegui, pois possui somente uma arruela-calço e não quatro como se pode observar nessa figura, o lado direito o formato de uma arruela-calço é usinado no próprio bloco.

Iniciei a reforma pela coronha, depois de pensar muito se faria ou não esse trabalho, por se tratar de uma Diana antiga, mas com um visual bem judiado e possuindo alterações no mecanismo, decidi por fazê-la.

Comprei o graduador da Cometa 400, a bucha da Elite usada na Gamo Hunter 1250 / BSA / SAG 2000, e a mola original da Hatsan 125/135/150, esta última depois de pedir ajuda aos companheiros do fórum TPeretti, Alberto José e Daniel Anibolete.

Fiz a adaptação do graduador ao parafuso Allen presente na alça, trabalhei na adequação das dimensões da bucha ao cilindro da carabina, porque não encontrei bucha no diâmetro 28,0 mm no mercado nacional, e a mola cortada após cálculo de suas dimensões e o espaço disponível ao conjunto montado, pistão/caixa do gatilho/engatilhamento.

O primeiro problema surgiu quando tentei substituir a bucha, o parafuso que fixava a bucha original de couro estava travado, e ao forçar sua saída ele quebrou, resolvi eu mesmo retirar o pedaço da cabeça do pistão e foi a pior coisa que poderia ter feito, o extrator de parafuso quebrou dentro da peça, e quando levei ao torneiro ele disse que não era possível fazer nova furação/rosca, porque aquele pedaço de metal duro estragaria a broca de centro que ele usaria, um conselho - não tentem retirar parafuso quebrado com esse tipo de ferramenta, deixe para quem é do ramo. Para consertar o estrago, fiz pequenos furos com broca de 1,5 mm e escareei com ponta montada cônica até retirar todo o material duro, mandando ao soldador para encher com solda MIG, usando um eletrodo o menos duro possível. Voltando ao torneiro para retificar a cabeça e abrir rosca M5, só que devido ao material do eletrodo e a rosca antiga o trabalho ficou mal feito, fora de centro e inclinado, então pedi para refazer e abrir rosca M6, agora sim, problema foi resolvido. Esse problema poderia ser evitado se a fábrica não usasse um pino travando a haste do pistão e parafuso da bucha a cabeça do pistão.

Encomendei ao torneiro uma caixa de gatilho nas dimensões internas do cilindro e nos moldes do conjunto da Rossi, mas com o guia de mola incorporado a caixa, com o diâmetro externo adequado a nova mola da Hatsan. Ele ficou pronta semana passada, só necessitou de pequenos ajustes, que eu mesmo fiz.

Confecção da arruela calço, a partir de uma bucha de nylon, que veio junto com as peças da Rossi 17 que comprei do Daniel Anibolete.

Fabricação de dois novos pinos da caixa da culatra com diâmetros compatíveis com as respectivas sedes.

Ajuste e conformação de um parafuso cabeça de panela M6 Phillips em substituição ao de fixação guarda-mato/cilindro.

Coronha limpa, hidratada para recuperação de vários impactos, lixada e com os pedaços faltantes preenchidos, foi tratada com três demãos de Stain e acabada com 4 demãos de Tru-Oil, a soleira também foi recuperada com o uso de lixa 220 e ajustada ao contorno da coronha.

Massa de mira polida e oxidada com Super Blue, o resultado não ficou como esperava, pois deveria ter usado um produto específico para alumínio.

Todo o corpo metálico e mecanismo serão futuramente tratados, com oxidação a quente, depois de todas as peças serem lixadas adequadamente, onde na montagem final instalarei a bucha de PU preparada, ela foi montada com antiga bucha de couro.

Na sequência o quadro de dimensões/especificações, vista explodida, peças de reposição, vídeo  e as fotos comparativas.

 

 

 

[mazinhowaldemar]

amigo orlando , parabéns pelo seu capricho . como está o interior do cano e v. vai vende-la /

 

[Orlando]

Bom dia amigo Mazinho, acrescentei fotos do raiamento, eu considero bom, é bem definido, apesar de ela ter a aparencia esgualepada externamente, tanto o cilindro como o raiamento estáo em bom estado, levandos-se em consideração os mais de 47 anos de fabricação.

Não tenho inteção de vende-la, o que pretendo concluir é sua reforma com a oxidação a quente. Arrisquei bastante nessa compra, mas realizei um desejo que tinha desde a adolescência quando um primo disse que ia vender sua Diana e eu não pude comprar. Abraços. 

[Rui Saiki]

O gatilho dela é algo digno de engenharia alemã...3 bolinha
...deixa reguladinha para papel 10 metros. Até hoje fico de queixo caído como conseguem planejar e executar esse sistema de armar da Diana antigas...tenho 2 uma de 1973 e outra de 84.

[Orlando]

Boa tarde Rui, só não dá pra saber é como o dono antigo conseguiu destruir um sistema desses. Eu procurei no mercado se existia à venda, mas não tem, são três esferas equidistantes que direcionam a haste do pistão ao gatilho e em contrapartida tem um pistaozinho com mola no sentido contrário, envolvidos por duas camisas semi circulares. 
Essa mola que instalei, ficou certinha no pistão e também no guia que mandei fazer, mas ela é bem forte apesar de ser um pouco mais curta do que a trocada. Acho que com a troca da bucha antiga por a de PU ela fica um pouco mais mansa. Abraço.

Editado Setembro 7, 2020 por Orlando

[Rui Saiki]

As minhas duas importei as de couro originaos...mais ortodoxo que rótulo de maizena...mola tbem foi da marca inglesa titan XS. Conjunto completo de mira da 1971 peguei original...84 euros...

[mazinhowaldemar]

Em 07/09/2020 em 01:07, Orlando disse:

Essa é a terceira carabina alemã que chega às minhas mãos. A primeira foi uma Diana 34 no calibre 5,5, comprada nova em 2001 na Venezuela, e que dei de presente a um colega de trabalho, pois não é permitido sair daquele país com qualquer tipo de arma de propulsão, em retorno definitivo ao Brasil; a segunda foi a HW 97k que ganhei aqui no fórum e a terceira é essa Diana 35 que está mais para “Diona” do que Diana, como vocês verão abaixo.

Carabina clássica e muito mal cuidada, com substituição de peças internamente, coisa não perceptível pelas fotos e tão pouco dita pelo vendedor, foi um tiro no escuro, mas vamos ao que interessa. No anúncio dizia que ela não engatilhava e que faltava o elevador da alça de mira, por conta disso, assisti a um vídeo antes de concretizar a compra mostrando o problema, e mesmo assim acabei comprando, sabendo que seria bastante difícil ou quase impossível de conseguir as peças que necessitava, porque também havia pesquisado em sites estrangeiros sobre tais peças antes mesmo de fechar a compra, sobre disponibilidade e valores. 

Os itens disponíveis para compra no Reino Unido são: Bucha original em couro ou bucha com adaptador em PU, guia da mola, mola impulsora, vedação do cano, graduador e gatilho completo sem a caixa. 

Nessa busca de informação sobre o modelo, achei um vídeo de um italiano com o título Diana/Brema 35 com ricambi nuovi, no qual a pessoa substituía vedações e a mola impulsora, e dava para ver na montagem que ela tinha a caixa do gatilho parecida com a da Rossi Dione. Já em outro vídeo italiano duas pessoas pedem ajuda de onde conseguir o gatilho completo para suas Diana 35.

Depois de informações sobre esse modelo e com a carabina em mãos, parti primeiro para comprar o graduador compatível que faltava, até conseguir algo que poderia substituir e ficar muito parecido ao original, por fim abri a carabina e constatei que ela não possuía o conjunto de gatilho original e sim uma adaptação bem marreta de um conjunto velho (caixa, gatilho e centralizador) de uma Rossi Dione, bem como a alteração do formato do sear do pino guia do pistão adaptado ao gatilho Rossi. Este modelo de pistão tem a possibilidade de girar 180 graus, deste modo há chance de reverter o sistema de gatilho, caso eu consiga o modelo original, bastou inverter a posição e ela voltou a engatilhar. Faltava também uma arruela-calço, lado esquerdo do bloco do cano, essa carabina é diferente do modelo apresentado na vista explodida que consegui, pois possui somente uma arruela-calço e não quatro como se pode observar nessa figura, o lado direito o formato de uma arruela-calço é usinado no próprio bloco.

Iniciei a reforma pela coronha, depois de pensar muito se faria ou não esse trabalho, por se tratar de uma Diana antiga, mas com um visual bem judiado e possuindo alterações no mecanismo, decidi por fazê-la.

Comprei o graduador da Cometa 400, a bucha da Elite usada na Gamo Hunter 1250 / BSA / SAG 2000, e a mola original da Hatsan 125/135/150, esta última depois de pedir ajuda aos companheiros do fórum TPeretti, Alberto José e Daniel Anibolete.

Fiz a adaptação do graduador ao parafuso Allen presente na alça, trabalhei na adequação das dimensões da bucha ao cilindro da carabina, porque não encontrei bucha no diâmetro 28,0 mm no mercado nacional, e a mola cortada após cálculo de suas dimensões e o espaço disponível ao conjunto montado, pistão/caixa do gatilho/engatilhamento.

O primeiro problema surgiu quando tentei substituir a bucha, o parafuso que fixava a bucha original de couro estava travado, e ao forçar sua saída ele quebrou, resolvi eu mesmo retirar o pedaço da cabeça do pistão e foi a pior coisa que poderia ter feito, o extrator de parafuso quebrou dentro da peça, e quando levei ao torneiro ele disse que não era possível fazer nova furação/rosca, porque aquele pedaço de metal duro estragaria a broca de centro que ele usaria, um conselho - não tentem retirar parafuso quebrado com esse tipo de ferramenta, deixe para quem é do ramo. Para consertar o estrago, fiz pequenos furos com broca de 1,5 mm e escareei com ponta montada cônica até retirar todo o material duro, mandando ao soldador para encher com solda MIG, usando um eletrodo o menos duro possível. Voltando ao torneiro para retificar a cabeça e abrir rosca M5, só que devido ao material do eletrodo e a rosca antiga o trabalho ficou mal feito, fora de centro e inclinado, então pedi para refazer e abrir rosca M6, agora sim, problema foi resolvido. Esse problema poderia ser evitado se a fábrica não usasse um pino travando a haste do pistão e parafuso da bucha a cabeça do pistão.

Encomendei ao torneiro uma caixa de gatilho nas dimensões internas do cilindro e nos moldes do conjunto da Rossi, mas com o guia de mola incorporado a caixa, com o diâmetro externo adequado a nova mola da Hatsan. Ele ficou pronta semana passada, só necessitou de pequenos ajustes, que eu mesmo fiz.

Confecção da arruela calço, a partir de uma bucha de nylon, que veio junto com as peças da Rossi 17 que comprei do Daniel Anibolete.

Fabricação de dois novos pinos da caixa da culatra com diâmetros compatíveis com as respectivas sedes.

Ajuste e conformação de um parafuso cabeça de panela M6 Phillips em substituição ao de fixação guarda-mato/cilindro.

Coronha limpa, hidratada para recuperação de vários impactos, lixada e com os pedaços faltantes preenchidos, foi tratada com três demãos de Stain e acabada com 4 demãos de Tru-Oil, a soleira também foi recuperada com o uso de lixa 220 e ajustada ao contorno da coronha.

Massa de mira polida e oxidada com Super Blue, o resultado não ficou como esperava, pois deveria ter usado um produto específico para alumínio.

Todo o corpo metálico e mecanismo serão futuramente tratados, com oxidação a quente, depois de todas as peças serem lixadas adequadamente, onde na montagem final instalarei a bucha de PU preparada, ela foi montada com antiga bucha de couro.

Na sequência o quadro de dimensões/especificações, vista explodida, peças de reposição, vídeo  e as fotos comparativas.

 

 

 

[mazinhowaldemar]

amigo orlando , obrigado pela resposta . sem querer ensinar a reza ao vigário , a diana 35 está incluída na lista que a própria fábrica divulgou como sendo umas das mais precisas por ela fabricada . é só caprichar na vedação , que é recomendação da fwb , e caprichar nos tiros . obs.  não pretendo disputar com o amigo rui saiki san no número de carabinas . abraço .

 

[Orlando]

bom dia amigos Mazinho e Rui, obrigado pelas dicas e informações sobre essa carabina, gostaria de deixá-la o mais original possível, mas a principal peça que não se encontra à venda é justamente a caixa do gatilho, caso algum de vocês puderem passar todas as medidas exatas e os formatos delas, tento junto ao torneiro mecânico reproduzi-las, dando certo recupero o formato original do sear e importo o gatilho completo, kit de vedação e o conjunto mola e guia, aí ela deixaria de ser uma "Diona" para voltar a ser uma Diana! Abração e boa semana pra vocês.

[Rui Saiki]

Se fosse aqui perto teria como desmontar minha 1971 e ter as pecas para o torneiro fazer outra...são raridades atualmente.

[Orlando]

Rui só preciso de fotos e o máximo de detalhes das medidas, no mais converso com o torneiro.

[Macedo]

A pedido do @Rui Saiki

[Orlando]

Bom dia Eduardo e Rui, obrigado vou mostrar ao torneiro e ver o que diz.

[EduardoNH]

Bom dia! Tenho uma dessas em perfeito estado. Foi do meu pai. Gosto muito dela.

[Orlando]

Bom dia Eduardo, cuide bem dela porque essa que comprei foi muito judiada e alterada, estou tentado deixa-la o mais próximo da sua originalidade.

Caso um dia você pensar em vender a sua, por favor me avise.

Abraço.

[EduardoNH]

Se precisar de fotos me fale. Ela deve ter a minha idade e estar na família desde então. 47 anos. Está perfeita.

Tenho também uma CBC 245 que quebrou a bucha na semana passada. Aproveitei e comprei um kit GR de 55kg pra ela, além de um compressor de molas. Estou apanhando pra tirar o pino da alavanca, que não quer sair. Estou com medo de aumentar muito a energia e acabar estragando algo. Da CBC 245 também busco uma foto do parafuso interno do guarda mato, ou ele pra vender. Se conseguisse uma foto sobre papel milimetrado seria muito bom.

[Orlando]

Esse pino tem um lado estriado, então ele sai somente por esse lado, tem uns vídeos no youtube onde aparece a desmontagem dela, acho que até o Charles Dias publicou um. Ai você ve por qual lado você deve bater com um saca pinos. 

Não tenho a 245 mas sim uma 345, vou tirar umas fotos e posto aqui.

[EduardoNH]

Obrigado, Orlando!

[Rui Saiki]

Vejamos se ajuda?

[Rui Saiki]

[Rui Saiki]

[Orlando]

Bom dia Rui, obrigado pelas fotos, essa peça que reveste o cilindro menor é estampada apresentando vários níveis e altura e detalhes, tanto externamente como internamente, pergunto você como dentista conseguiria fazer um molde para essa peça? É só uma pergunta, para saber se viável ou não essa repordução, pois para torneá-la acho que seria praticamente impossível, talvez em uma impressora 3D. Abraço.

[Orlando]

Tópico atualizado em 05/07/2021.

[Rui Saiki]

Orlando acho que essa peças dessa arma consegue reproduzir pela fundição na técnica da cera fundida... Faz uma cópia em cera. Inclui no material fundente tipo revestimento. ..aquece até volatizar a cera deixando espaço para o metal líquido preencher o espaço da cera...tecnica de orives ou prótese metálica. Tbem pode reproduzir em 3 D mas resistência do material seria critico.

[Orlando]

bom dia Ruy, sim essa técnica seria possível se eu tivesse o modelo original ou mesmo as medidas exatas para tentar reproduzir em um torno, mas infelizmente não tenho nenhuma das duas opções.

Ela está funcionando bem, o sistema de gatilho adaptado melhorou bastante depois de uns ajustes, e com essa última mexida ela ficou mais suave, mesmo sem a cronografagem ela está mais potente que as originais, por conta da mola que instalei. A única coisa que não foi possível fazer foi o encamisamento da mola por não haver espaço para isso.

Vamos ver o que consigo fazer em melhorias daqui para frente, abraços.

[Rui Saiki]

As minhas uso para papel 10 metros então estão bem suave na faixa de 160 m/s no chumbo 7.33g.Tiro seco sem vibração alguma... Precisão desse cano longo é muito boa agrupa bem. Mas velocidade alta danou-se... Importei uma mola Titan xs..tive que ir fatiando até deixar nos 175 m/s...acomodou depois nos 160m/s...outra tá com 155 m/s.

[Orlando]

Diana, Original, Diana Original, Milbro e Gecado, marcas de uma mesma empresa que motivos bélicos foram sendo usados em países e épocas distintas.

Sistema de funcionamento do gatilho das Diana 35, neste caso Original.

[Orlando]

Teste de velocidade e força com chumbo Gamo Match 4,5.

[TPERETTI666]

Em 20/07/2021 em 10:43, Orlando disse:

bom dia Ruy, sim essa técnica seria possível se eu tivesse o modelo original ou mesmo as medidas exatas para tentar reproduzir em um torno, mas infelizmente não tenho nenhuma das duas opções.

Ela está funcionando bem, o sistema de gatilho adaptado melhorou bastante depois de uns ajustes, e com essa última mexida ela ficou mais suave, mesmo sem a cronografagem ela está mais potente que as originais, por conta da mola que instalei. A única coisa que não foi possível fazer foi o encamisamento da mola por não haver espaço para isso.

Vamos ver o que consigo fazer em melhorias daqui para frente, abraços.

Vou dar um pitaco que talvez seja furado:

Já que teve que encurtar a mola da HT125 e ela está bem justa no cilindro e pistão porque não tentar uma mola de HT80/95? É um pouco mais fica e curta, talvez fique bom e ainda vai dar pra encamisar...

Baita tópico como de costume Orlando 

[Orlando]

11 minutos atrás, TPERETTI666 disse:

Vou dar um pitaco que talvez seja furado:

Já que teve que encurtar a mola da HT125 e ela está bem justa no cilindro e pistão porque não tentar uma mola de HT80/95? É um pouco mais fica e curta, talvez fique bom e ainda vai dar pra encamisar...

Baita tópico como de costume Orlando 

Bom dia, tive esse mesmo pensamento, cheguei até a preparar a mola que veio na CFX que ganhei aqui na rifa, mas não pude instalar, o conjunto de caixa do gatilho + guia da mola, que é uma única peça, tem o diâmetro maior, feito de acordo com o diâmetro da mola da HT 125.

Desde fevereiro estava tentando uma vaga na Elite para que eles pudessem fazer a reforma nesta carabina, oxidação, instalação de um novo conjunto de gatilho, bem como um conjunto de êmbolo e GR, mas somente em outubro é que eles regularizaram esse setor, e agora quem está sem bala na agulha sou eu!

Vou aguardar o início do ano que vem, para tentar finalizar esse projeto.

Obrigado por dar sua opinião, abraço.

[Orlando]

Ivan após a aplicação do Striptize, lavagem, hidratação com vapor no ferro quente e lixação a coronha ganhou esse aspecto.

[Ivan06]

muito bom Sr Orlando,,parabens

o Striptize o sr ja falou,,tira o verniz 

teria como detalhar a lavagem?, hidratação com vapor no ferro quente? 

att

 

ivan

 

[Orlando]

Depois de retirar o mais grosso, o Stripitize vai secar, e para retirar esse resíduo faço a limpeza com água e sabão e enxáguo bem retirando todo resíduo. Depois de seca, observo aqueles pontos de afundamento, onde as fibras da madeira não foram rompidas, uso então uma toalha grossa velha bem úmida, e aplico o ferro de passar bem quente sobre o local a ser recuperado, quantas vezes forem necessárias, até a hidratação dessa parte afetada, onde o afundamento já não existe mais. Sempre usar neste processo a toalha úmida, evitando assim que o ferro quente danifique a madeira!

[Orlando]

Já nos afundamentos onde as fibras foram rompidas, o processo acima pode resolver parcialmente, mas o preenchimento será necessário com o próprio pó de serragem da coronha mais algum tipo de cola.

[Ivan06]

2 horas atrás, Orlando disse:

Já nos afundamentos onde as fibras foram rompidas, o processo acima pode resolver parcialmente, mas o preenchimento será necessário com o próprio pó de serragem da coronha mais algum tipo de cola.

muito bem,,,obrigado