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pedroashidani

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pedroashidani venceu a última vez em Agosto 28 2016

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Sobre pedroashidani

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  • Sexo
    Male
  • Sua Localidade
    Araxá - MG
  • Interesses
    Tiro esportivo, tecnologia, fotografia, astronomia, snooker, poker

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  1. Boa Noite Pedro! você escreveu o artigo de Harmônicos de canos, gostaria de um auxilio seu sobre isso, pois a fórmula não está aparecendo, poderia meu ajudar nos artigos?

  2. Adolfo e Luciana, sofreram um pouco no primeiro dia, mas mandaram bem no 2º! Parabéns! Pedro Ashidani
  3. Prova Heavy Varmint O primeiro alvo da classe HV seria disputado logo em seguida da finalização da classe LV. Assim que julgaram os protestos (Carl Boswel assumiu o Bronze e Todd Banks foi para a 4ª posição). A ordem seria a mesma da parte da manhã. Ou seja, vago, Flávio, Paulo e Pedro. Com o 5º relay do dia sem atirador, aproveitamos para comer e recuperar a concentração. Preparamos as armas, desta vez Flávio competiria com uma arma, enquanto eu e Paulo Otávio iríamos competir com outra. Ambas armas estavam na ponta dos cascos, assim foi mais questão de preferência e não ter necessidade de alterar ajustes. No 6º relay, Flávio assumiu a bronca de atirar num momento que o vento ainda era ingrato. Resultado 243-8x. Foi um bom resultado dadas as condições do clima. Ficando à frente do campeão da classe LV, Cobus Viljoen, 2º Peter Grundlingh, do 3º Carl Boswel. No 7º relay, Paulo Otávio voltou a atirar com condições difíceis conseguiu um bom resultado de 241-5x, talvez um pouco prejudicado ainda pelo fator emocional. No 8º relay, eu atirei e apesar das condições ainda estarem difíceis consegui uma boa pontuação: 243-12x A ponta da tabela era ocupada pelo Italiano Gianpietro Mazzolari, pelo pequeno Abdul Lababedy, pela americana Vipha Muller e pelo finlandês Tomi Korpi. Figura 20 - Classificação Individual da Classe HV após 1 alvo Figura 21 - Classificação por equipes da Classe HV após 1 alvo Fomos dormir com as seguintes classificações: Pedro 9º Flávio 11º Paulo Otávio 22º Time Brasil 2º Nada mal!!! Esse resultado deu uma injeção de ânimo no time, e criou um sentimento interessante: naturalmente todos os atletas entenderam que a força estava no conjunto! E que apesar dos bons resultados individuais, o foco principal era a equipe! Ao final do dia, pudemos recolher nossos alvos da categoria LV. E durante a noite analisamos os alvos. Nosso vizinho de alojamento era o Chris Nocente, responsável pela apuração dos alvos. A apuração dos alvos foi muito boa, e praticamente antes de finalizar o relay seguinte, todos os alvos estavam apurados e fixados na parede. Segundo Chris, os sul-africanos já usavam o sistema a quase 2 anos e tinham total confiança nele. Também Chris disse que as dúvidas surgiam mais nos alvos das bordas. Ok. Lição aprendida. Figura 22 - Imagem de um alvo apurado pelo sistema computadorizado À noite analisamos os alvos e percebemos alguns erros de apuração. O sistema não era perfeito. Tive um alvo apurado como 9 que era claramente um 10. Isso poderia elevar meu posicionamento de 63 para 50! Mas infelizmente confiamos no sistema e não prestamos a atenção devida e perdemos a janela para protestos. Lição aprendida! Ao final do dia acorreu a premiação da Classe LV, com o grande Campeão o Sul-africano Cobus Viljoen, em segundo lugar o também sul-africano Peter Grundlingh e em terceiro o britânico Carl Boswel Individual 1º Cobus Viljoen (SAF) 738-30x Steyr LG110 2º Peter Grundlingh (SAF) 735-29x Walther LG400 3º Carl Boswel (GBR) 735-19x Atamam Por Equipes 1º Austrália A 2194-59x Annete Rowe, Greg Schneider, John Patzwald 2º Estados Unidos A 2189-61x Todd Banks, Matt Lababedy, Doug Muller 3º África do Sul A 2189-59x Stefan Viljoen, Junior Koegelenberg, Paul Van Gass Figura 23- Cobus Viljoen Figura 24 - Peter Grundlingh Figura 25- Carl Boswel Figura 26- Pódio Ar Comprimido Individual da Classe LV Figura 27- Pódio Ar Comprimido por equipes da Classe LV Jantamos e ficamos conversando um pouco, mas logo a maioria voltou para o Hotel ou para o alojamento. Acordamos cedo para o terceiro dia de competições. Novamente com boas possibilidades. Corremos para o quadro para verificar como tinha sido o sorteio de distribuição de mesas. Neste dia eu iria iniciar os trabalhos, seguido por um intervalo, depois Flávio e por último Paulo Otávio. Neste terceiro dia o vento estava um pouco mais ameno, e o fato das armas HV terem mais energia, ficou um pouco mais tranquilo pela manhã. Resultado: na primeira bateria do dia emplaquei um belíssimo 246-10x. No 3º relay, Flávio conseguiu outro bom resultado, um 244-9x. e no 4º relay, Paulo Otávio vinha fazendo uma prova muito boa, seria para 247+, porém na última linha ele perde 3 pontos fazendo um 245-7x. Depois descobrimos que Paulo Otávio deu mais de 80 tiros, e a arma ao final não estava mais com pressão na região regulada. Nesta mesma bateria o sul-africano Stefan Viljoen, emplacou um 250. O segundo da competição. Ao final do segundo cartão as posições eram: Pedro Ashidani 4º Flávio Vieira 9º Paulo Otávio 15º Time Brasil 1º WOW!!! Figura 27- Resultado Ar Comprimido Individual da Classe HV após 2 cartões Figura 28- Resultado Ar comprimido por equipe da Classe HV após 2 cartões O estande pelas suas dimensões apresentava ventos com comportamentos e intensidades distintas conforme o local e a hora do dia. Pela manhã ventava mais do lado esquerdo, e menos do lado direito. No meio algo intermediário. À tarde ventava mais do lado esquerdo, menos no direito. Novamente eu seria o primeiro a atirar. Conforme estava me preparando o vento foi aumentando, aumentando.... Fiz a prova... acabei esgotado. Muito difícil, mas não desisti em nenhum momento, sempre lembrando que qualquer ponto seria importante para o time. Mas foi muito difícil. Muitas rajadas repentinas. Fiquei apertado no tempo e tive que arriscar. Pela luneta estimei um 238. Assim que acabei, virei e pedi desculpas aos companheiros de time. Mas tinha feito meu máximo. Após a apuração foi um 240-10x. No 7º relay foi a vez do Flávio. Novamente uma condição do cão! A arma do Flávio ainda estava com o cano chumbando. Ele limpava com pellets a arma atirava bem, logo ficava ruim. Resultado: 238-5x Fizemos as contas e percebemos que os EUA A e B haviam nos ultrapassado e estávamos empatados em 3º com a África do Sul. Pela África do Sul iria atirar Stefan Viljoen, que havia feito 250 pontos no alvo anterior e carregava o título de campeão mundial de Field Target. Muita pressão no Paulo Otávio. Eu como pai estava mais nervoso, para variar. Figura 29- O Estande Começa o ultimo relay, e nos 4 primeiros alvos Paulo Otávio acerta 4 tiros no 9. A coisa desandou, pensei. Não aguentei e fui dar uma volta. Paulo Otávio, dá um show de autocontrole e arranca um belíssimo 242-5x. Vamos ver o Stefan: pela luneta 242/243. Vamos ter que aguardar o resultado. Saiu o resultado extraoficial. Stefan fez 243 e ficamos 1 ponto atrás da África do Sul. Caramba! Chegamos tão perto! Mas com as lições aprendidas, fomos verificar os nossos alvos. E os deles!!! No meu alvo existia um 9 bastante duvidoso. Aí o ucraniano, Volodymir disse que deveríamos protestar, pois Benchrest é o esporte do protesto.... O Flávio pegou o formulário de protesto e preencheu, pagou a taxa de 20 dólares e entregou o protesto. Então chega Paulo Otávio com uma foto do alvo do Stefan. Paulo Otávio me disse que aquele alvo da foto estava anotado como 10. Olhei e percebi rapidamente que era claramente um 9! Corremos para o Flávio e um novo protesto foi feito, porém aguardamos quase o fim do prazo para registrar, pois poderíamos ter algum problema nos nossos alvos e não queríamos deixar tempo para outros protestos. A janela de protesto encerrava-se às 14:45 hs. Flávio registrou o protesto às 14:30Hs. O nosso primeiro protesto foi indeferido, por um cabelo. Uma nova comissão foi formada para analisar o segundo protesto. Richard Fernandez rapidamente entendeu do que se tratava aquele protesto, e que estava em jogo um lugar no pódio, outros capitães só perceberam mais tarde. O capitão do time sul-africano, Billy Chamberlain, já tinha ido para o bar e não acompanhou o julgamento do protesto. Em seu lugar ficou o futuro presidente da WRABF, o sul-africano Nick Schoowinckel. O presidente Bill Collaros olhou o alvo e pediu para o Chris Nocente verificar no sistema, se aquilo estava marcado como 10 ou como 9, pois parecia quase um erro óbvio! Chris verificou e confirmou que estava anotado como 10. Então Bill Collaros colocou o plug no furo e ficou claro para todos que se tratava de um 9. Como o Brasil tinha mais X que a África do Sul, no critério de desempate ficamos em 3º. Incrível, PQP conseguimos! Time Brasil é Bronze por equipes! Que sonho. Realmente ao chegar na Austrália não imaginávamos que isso fosse acontecer. Classificação Final na Classe HV: Pedro Ashidani 8º Paulo Otávio 14º Flavio Vieira 20º Time Brasil 3º Todos os atletas top 20 foi uma evolução espetacular! Uma posição no pódio foi uma recompensa gigante ao esforço do time brasileiro. Aguardamos a divulgação do resultado oficial, mandamos notícias à turma do Brasil. Liguei para minha casa, eram 3:00 da madrugada, e dei a notícia à minha esposa, com suor masculino brotando dos meus olhos que éramos o terceiro melhor time do mundo! Encontrei Chris Nocente, e ele me parabenizou. Disse que estavam nos acompanhando, pois ao final do 2º alvo, estávamos liderando e que chamamos a atenção de todos. Fomos para o alojamento pisando nas nuvens e fomos trocar de roupa e aguardar a cerimônia de premiação. O pódio ficou: 1º Gianpietro Mazzolari (ITA) 742-28x Feinwkbau P70 2º Vipha Muller (USA) 737-29x Thomas 3º Doug Muller (USA) 734-19x Thomas 1º Estados Unidos A 2194-64x Doug Muller, Matt Lababedy, Todd Banks 2º Estados Unidos B 2187-63x Abdul Lababedy, Paul Bendix, Vipha Muller 3º Brasil A 2182-71x Flávio Vieira, Paulo Otávio Ashidani, Pedro Ashidani Figura 30 - Pódio Ar Comprimido por equipes da Classe HV Figura 31 - Time Brasil Figura 32 - Gianpietro Mazzolari recebendo seu premio Figura 33 - Resultado Final Oficial individual da Classe HV Figura 34 - Resultado Final Oficial da Classe HV por equipes O Italiano Gianpietro Mazzolari foi declarado o grande campeão do resultado das duas classes combinadas, e como prêmio levou para casa uma carabina Steyr Benchrest. Logo ao chegarmos em Brisbane, nosso capitão perguntou qual seria nossa expectativa para a competição. Eu e Paulo Otávio respondemos que se conseguíssemos um desempenho melhor que o de 2013, já seria uma grande conquista. Espero que no futuro nosso time ou outros times que por ventura representem o Brasil possam galgar postos ainda mais altos que os alcançados por nós em 2015. Mas mesmo se outras conquistas não acontecerem, este Bronze foi espetacular. Será difícil esquecer as mazelas que a TAM e Qantas nos fizeram passar, mas as alegrias da competição de 2015 ficarão gravadas para sempre, pois as conquistas do Time Brasil fizeram desta aventura, uma viagem memorável!
  4. Uma Viagem Memorável! Também conhecida como PQP Após a chegada ao Brasil, está na hora de fazer um balanço da participação brasileira no WRABF World Championship 2015. Esta viagem provocou uma alta expectativa, principalmente em razão da experiência de 2013 na República Tcheca ter sido muito boa. Aprendemos muito em 2013, e percebemos que tínhamos um longo caminho a percorrer até alcançar os melhores. Foram 2 anos, de trabalho incessante. Promoção da modalidade, investimentos, pesquisas, treinos e competições. As pesquisas vieram em diversas frentes, qualidade dos apoios, onde o pesado Frontrest Sinclair foi trocado pelo também pesado Farley que também foi trocado pelo SEB. A munição também foi alvo de pesquisas e investimentos. Com a visita à fábrica da JSB em 2013, ficou mais claro para a equipe o caminho a seguir na escolha e aquisição de munição de qualidade. Também com o advento dos chumbos Premium, percebemos (novamente) que seleção é importante para o tiro de precisão. A visita à Fábrica da Steyr em 2013, também deu confiança no desempenho e manutenção das armas. Faltando uns 20 dias para a viagem, em alguns testes, percebemos que as armas não estavam agrupando como de costume. Rápida investigação mostrou que o regulador não estava funcionando bem, e o curso intensivo com Mr. Huber (chefe da assistência técnica da Steyr) mostrou-se valioso e as armas voltaram a funcionar bem. Nestes 2 anos também as windflags mudaram bastante. Com a aquisição do modelo Dual Vane de origem americana e com o presente das X25 por parte dos Ucranianos, pudemos testar, comparar e escolher o modelo Dual Vane para nosso uso. E foi este modelo que foi replicado para ser usado pela equipe brasileira. Além das windflags, investigamos as windmeters, dispositivos destinados a dar uma leitura mais precisa da intensidade do vento, e as experiências iniciais, mostraram-se promissoras. Devido à falta de habilidade e conhecimento, os protótipos apelidados pelo Flávio de pirulitos, eram pesados e quase sempre paravam em posicionamento fora da vertical, que induzia a leituras equivocadas. Em conversas com um atirador inglês descobri o fabricante das windmeters utilizadas pelo time do Reino Unido. Encomenda feita, recebemos os pirulitos importados, que com um imposto enorme, provocou um rombo no nosso orçamento. Os pirulitos tiveram que ser modificados para que funcionassem ainda melhor e apesar de terem custado muito caro, ficamos satisfeitos com o desempenho obtido. Meses antes da viagem, em uma visita à minha mãe em São Paulo, num impulso, resolvi comprar um item que já vinha observando a algum tempo. Um banquinho com altura ajustável. Pesquisei alguns modelos e escolhi um usado por bateristas. Com limite de peso por mala reduzido de 32kg para 23kg, fiquei com receio de que não fosse possível encaixar o banquinho no meio de toda a tralha que levaríamos para o campeonato, e meus companheiros de time faziam chacota do banquinho. No final consegui encaixar o banquinho no meio da bagagem e ele mostrou-se útil no nosso alojamento, e muito importante para um posicionamento adequado na hora da competição. O Flávio acabou comprando um para ele também! Figura 1- Estrutura do Banquinho acima da luneta e ao lado do cilindro Para participarmos de uma competição com armas na Austrália, tivemos que providenciar muitos documentos. Neste aspecto, nosso capitão, Flávio Vieira, foi organizado e eficiente como sempre. Foram necessários documentos para importar armas, licença para usar as armas e documento para exportar as armas. Também foi necessário providenciar documentação para sair e voltar com as armas ao Brasil. No dia 15/07, Pedro e Paulo Otávio partiram para Uberlândia onde iriam organizar a bagagem junto com Flávio em 6 volumes, de no máximo 23Kg cada. No dia seguinte, o grupo se deslocaria para Guarulhos, para embarcar no voo para Austrália. Malas prontas, partiram para São Paulo. Após um breve descanso no hotel, a equipe se deslocou para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, chegando lá por volta das 2:00Hs. A companhia escolhida, por questões econômicas foi a LAN/TAM. O Voo iria sair 7:30, mas decidimos chegar cedo para não correr riscos. Figura 2- Chegando para o check-in, ainda alegres... Às 3:15H estávamos iniciando o procedimento de check-in, e aí começaram os problemas. Devido a sistemas de parcerias entre companhias aéreas, quem iria realizar o trajeto de São Paulo até Santiago (Chile) seria a TAM, e começamos a via sacra de apresentação de documentos. Depois de apresentados documentos emitidos pelo Brasil e pela Austrália, o atendente nos informou que estava tudo certo, mas deveríamos ter feito uma reserva antecipada junto a companhia Qantas, que faria o trajeto Santiago a Sidnei. A primeira informação é que deveríamos pegar as armas na conexão e fazer um novo processo de verificação de documentos no Chile. Flávio comentou que esta exigência não fazia sentido, visto que não tínhamos nenhuma documentação de autorização por parte do governo chileno. Após alguns telefonemas, o atendente reconheceu que estava equivocado, porém ele insistiu que deveríamos ter feito a reserva antecipada junto a Qantas. Dissemos que quando compramos a passagem, questionamos a agência se existia a necessidade de algum procedimento especial para embarcar com as armas. O funcionário ligou para a LAN e a companhia informou que não havia necessidade de nenhum procedimento especial e que seria somente necessário apresentar os documentos das armas no check-in. O atendente da TAM, informou que este é procedimento da TAM e da LAN, porém como havia uma outra parceira que faria um trecho do vôo e que ela exigia uma requisição antecipada para transporte de armas para a prática de tiro esportivo. O Atendente concordou que tal exigência era descabida, mas era o que constava no manual de procedimentos, e que ele iria verificar junto a supervisora qual seria a orientação. A supervisora da companhia, disse que os passageiros deveriam ser responsáveis pela autorização antecipada junto a companhia Qantas. O Atendente ligou para a Central de Aeroportos e recebeu a mesma instrução. O atendente disse que sem o documento de reserva não poderíamos embarcar E INFORMOU QUE O NOSSO EMBARQUE HAVIA SIDO NEGADO!!! PQP! Argumentamos que havíamos comprado o vôo da LAN, e que TAM e Qantas deveriam se acertar. Pedimos que a TAM nos orientasse em como conseguir tal permissão, porém fomos informados que a Qantas não tem operação no Brasil e que a TAM não sabia onde, quem e como proceder para conseguir tal autorização!! Já eram quase 5:00 horas da manhã, o turno da atendente tinha acabado e ele doido para ir embora, passou a bola para outro. Pedimos para conversar com a supervisora, mas esta dizia que viria mais tarde, pois estava muito ocupada e se negava a nos atender pessoalmente! Sem ter mais a quem recorrer e diante de um comportamento ignorante e inflexível por parte da supervisora da TAM, tentei contato com a Agência que nos vendeu a passagem aérea para ver como eles poderiam nos ajudar. Consegui conversar tanto com o funcionário da agência que nos vendeu as passagens, bem como com a proprietária da empresa. Descrevi a situação bizarra que nos foi imposta e o risco iminente de perder a competição, pois o embarque estava próximo e nada havia sido providenciado ainda. Figura 3- Equipe enfrentando a hipótese de não embarcar Na nossa cabeça, começou a crescer o sentimento de que não iríamos embarcar por causa deste documento e que todos os meses de preparação, recursos investidos estavam para ser jogados no lixo. Isso por que não poderíamos pegar um outro vôo, pois toda a documentação expedida pela Austrália estava atrelada ao itinerário inicial. Um sentimento profundo de tristeza nos abateu, não pelos valores investidos, mas principalmente por perder a oportunidade de representar nosso país em um evento internacional! Por volta das 6:00 horas uma funcionária (Bernadete), que acabara de chegar, assumiu a supervisão do check-in. Ela nos procurou informando que assumiria nosso embarque e que uma pessoa da Cia Aérea estaria providenciando nossa autorização com as demais Cias Aéreas. Com muita clareza e disciplina, Bernardete disse que providenciaria o preenchimento dos papéis que o atendente anterior (Alfredo) havia feito de forma incompleta, pois se o nosso embarque fosse autorizado ainda teríamos que ir até a Polícia Federal fazer a liberação das armas e correr para o embarque. Passaram mais 10 minutos de pura incerteza e consternação até que perguntamos, em meio ao clima de tristeza, incerteza, decepção e lá no fundo, fé: - “E aí Bernardete?!?!?” Um pouco depois...UFA! Fomos autorizados a embarcar! Mas ainda documentos tinham que ser finalizados, bagagens etiquetadas e despachadas, armas deveriam inspecionadas e lacradas... Corre, daqui, corre de lá e corre mais ainda, faltando menos de 30 minutos para a partida passamos pela segurança do aeroporto e finalmente conseguimos embarcar. Todos extremamente estressados, abatidos, com sede, fome, dor no estômago... Pouco antes de embarcar, recebi um telefonema, onde viemos a descobrir que a súbita mudança de comportamento da equipe da LAN/TAM deveu-se à intervenção de Marinez da Agência Rotas Turismo de Araxá. Às 5:00 Hs, Marinez conseguiu contato com algum gestor da LAN/TAM e eles conseguiram resolver o problema. Já acomodados no avião, a equipe se entreolhava mal acreditando que estavam a caminho de Brisbane. Um sentimento era comum a toda a equipe: PQP! Já dentro do avião, o funcionário que levou os cases das armas da PF para o porão do avião, trouxe uns documentos NOTOC e me entregou e disse que deveríamos informar as Cias Aéreas subsequentes dos itens que estávamos levando (armas de pressão). Achamos isso estranho, pois nunca um NOTOC nos foi entregue. Ao chegar no destino, questionamos a chefe da equipe de comissárias da TAM sobre a estranheza do fato de terem nos entregado um documento que é restrito à Cia Aérea, e ela confirmou que estava errado e o NOTOC deveria ter ficado com a tripulação e que ela faria o encaminhamento ao pessoal responsável de solo. Chegamos em Santiago por volta das 11:30Hs e já notamos um procedimento diferente. Apesar de estarmos em conexão e já termos o cartão de embarque, havia uma fila para realização de novo check-in. Perguntamos a uma moça da informação se deveríamos fazer novamente o check-in, porém ao ver o cartão de embarque, ela informou que poderíamos passar direto. Logo a seguir uma atendente da LAN, correu e pediu para entrarmos na fila do check-in. Na fila um terceiro atendente de nome Christian da Qantas, perguntou nosso sobrenome, conferiu numa lista e disse que poderíamos seguir para o embarque. Informei que tínhamos malas com itens restritos (armas de pressão) e ele pediu o tíquete das malas. Ao verificar que eles estavam indicando que iriam para Brisbane, ele disse que estava tudo certo e que poderíamos prosseguir para o portão. Figura 4- Vista dos Andes no aeroporto de Santiago Seguimos para a área de embarque e fomos almoçar. Por volta das 13:30Hs, nossos nomes foram chamados no alto-falante e nos apresentamos no balcão da Qantas. Ali, o mesmo funcionário que tinha nos orientado na fila, Christian, informou que nós deveríamos ter informado ao pessoal da Qantas o conteúdo da nossa bagagem!! Em seguida disse que a companhia queria inspecionar todas as malas, os seis volumes, e um de nós deveria acompanha-los e abrir a bagagem para a inspeção. Até aí nenhum problema. Aí o funcionário emendou que não estavam conseguindo localizar todas as malas e que que se não fosse possível inspecioná-las, nós não poderíamos embarcar. Disse também que eles não poderiam atrasar o voo para nos esperar caso as malas não fossem encontradas a tempo... PQP! O Atendente disse que deveríamos ter avisado antes que tínhamos armas. Tentamos explicar que ele havia nos orientado de maneira diferente, mas veio a resposta: Esta nossa conversa não mudaria nada e que não era produtiva... Ficamos arrasados! Agora a situação era pior que no Brasil, pois além de não termos a quem recorrer, estávamos em outro país, com documentos Brasileiros e Australianos e sem papéis Chilenos, pois seria apenas uma conexão simples! Veio a lembrança do filme O Terminal com Tom Hanks... Mantivemos o pensamento positivo e vendo as pessoas formando fila e embarcando no Avião. Fiquei torcendo para demorar bastante... já eram 13:45Hs e a fila do embarque começou a diminuir. Aí Flávio é chamado para acompanhar a inspeção da bagagem. Eu e Paulo Otávio ficamos aguardando ansiosos e observando a fila do embarque diminuindo... diminuindo... avistamos o Flávio voltando com sorriso no rosto! Ufa! A viagem foi muito estressante, conforme já relatado anteriormente, o que de certa forma afetou momentaneamente a moral do time. Mas uma noite de sono e uma boa refeição apagariam os efeitos negativos nos atletas. Chegamos do aeroporto às 23:00 do sábado no complexo de tiro Belmont, onde estavam nossas acomodações. Dormimos e acordamos por voltas das 7:00Hs. Flávio já havia pesquisado a vizinhança pelo Google Earth, assim saímos caminhando, em direção ao shopping center. No meio do caminho encontramos uma padaria onde comemos nosso café da manhã. Mais caminhada e chegaríamos ao Shopping Center. Fizemos algumas compras para melhorar nosso conforto durante nossa estadia: edredons, travesseiros, sabonetes, shampoo, refrigerantes, salgadinhos, frutas, frutas secas, sim card (Vodafone), entre outras coisinhas. Andamos o dia inteiro sendo que o celular do Paulo Otávio anotou algo em torno de 23 mil passos. Ficamos hospedados nos alojamentos dentro do complexo de tiro. Ao lado do estande de provas. Isso trouxe uma vantagem competitiva boa, pois não gastávamos tempo e nem recursos para deslocarmos do complexo de tiro para o local de hospedagem. Alguns meses antes da competição, Cobus Viljoen da África do Sul, me perguntou onde ficaríamos alojados. Ao relatar-lhe que ficaríamos no complexo, ele surpreso perguntou como tínhamos conseguido. Respondi, que tínhamos aproveitado uma desistência e fechado a reserva em 2013, logo após a copa do mundo de Plzen! Nosso quarto tinha 3 beliches, uma mesa pequena e um frigobar. Ficou um beliche para cada atirador. O frigobar foi bom para armazenarmos, bebidas e outros itens para abastecimento durante a competição! Figura 6- Alojamento Foi muito bom reencontrar amigos que fizemos na República Tcheca, como Todd Banks, Carl Boswel, Richard Fernandez, Ron Robles, Colin e Sophie Renwik, Colin Evans, Volodymir Bozhenko, Oleg Yanov, Andrii Ponomarov, Bill Colaros, Ulla Murisoja, Cobus e Stefan Viljoen, Matt Lababedy, Carmen Papaleo, Richard Lightfoot. Novas amizades foram estabelecidas, com Chris Nocente, Junior Koegelenberg, Bob Mulder, Doug e Vipha Miller, Gianpietro Mazzolari, Billy Chamberlain e Harry Fuller entre outros. Figura 7- Paulo, Flávio, Todd Banks, Paul Bendix e Sophie Renwik Figure 8- Flávio, Bill Colaros, Todd Banks, Sophie Renwik, Colin Renwik e Paulo Otávio Nos primeiros dias, aproveitamos para acabar a adaptação do fuso horário. Começaríamos a montar o front rest. O front rest eleito para ser usado por todos da equipe foi o SEB NEO, fabricado pelo Sebastian Lambang da Indonésia. A escolha aconteceu pela qualidade do equipamento, sua agilidade em mover-se para o alvo de ensaio e voltar aos alvos de prova e pelo fato de ocupar um espaço reduzido quando desmontado. Figura 9- Front rest SEB desmontado no case pelican Também aproveitaríamos os primeiros dias para montar as windflags e os windmeters. Devido à fragilidade das windflags e windmeters, tivemos que desmontar completamente para acomoda-los dentro do case das armas. As windflags já foram feitas para serem desmontadas, mas as windmeters não. Cuidados especiais foram necessários, e levamos cola superbonder para monta-las e solvente de cola para desmonta-las para o retorno. Figura 10- Bandeiras desmontadas Figura 11 - Paulo Otávio testando um alinhamento das windflags Também gastarmos um bom tempo enchendo os rear bags com areia, pois são transportados vazios para reduzir o peso da bagagem. Com todo material pronto, só restou aguardar o início dos treinos. No dia 22/07 acordamos cedo e fomos para o estande. Verificamos no quadro de aviso em qual mesa iríamos fazer nossa sessão de treino. Fomos informados que antes de fazer qualquer disparo, era necessário o credenciamento dos atiradores. Surgiu um pequeno problema, pois eles estavam exigindo uma licença para uso de armas. Esta licença foi providenciada para os donos das armas, porém não foi providencia para o Paulo Otávio. Sem esta licença ele não poderia competir. Outros atiradores estavam na mesma condição, assim de maneira eficiente a organização do campeonato providenciou a solução para que os competidores que se encontravam em tal situação tivessem uma licença para competir. Credenciamento pronto, o próximo passo foi testar se as armas estavam em conformidade com as limitações impostas nas regras. Durante o teste um acontecimento me chamou a atenção. O Guru do tiro australiano, Mr. Harry Fuller, após realizar os 5 disparos cronografados com minha arma, comentou que ela era a que tinha apresentado maior consistência até aquele momento. Após todo ritual, finalmente iniciamos o treino. Eu e Flávio estávamos antes da viagem com a impressão que o estande não seria pior que o que enfrentamos em Plzen, mas estávamos redondamente enganados. Eu iniciei os treinos e fiquei assustado com a dificuldade imposta pelas condições climáticas. Inicialmente a temperatura estava baixa, por volta de 14°C. Também caia pancadas de chuvas rápidas, e o vento era implacável. Rajadas que variavam em intensidade e direção como nunca eu havia enfrentado! Assim meu 1º alvo serviu só para fazer uns grupos e ir tentando me acostumar com as condições. Na vez do Flávio, foi similar e ele também transformou o alvo dele em uma peneira. Desta vez, cada time recebeu uma quantidade limitada de alvos para treino, diferentemente de Plzen, onde não havia limites. Assim tivemos que planejar a quantidade de alvos que usamos para treinar em cada modalidade. Os ucranianos, grandes vencedores da Copa do Mundo de Plzen, comentaram que estavam com dificuldades de se adaptar, pois estavam acostumados a simplesmente a mirar no centro do alvo, quando as bandeiras indicavam uma condição moderada, porém lá em Brisbane, uma leve brisa provocava um 9 ou até um 8. Oleg Yanov(Team Ucrânia), colocou uma câmera GoPro na minha mesa, para gravar uma seção de treino minha... que honra! Depois Volodymir Bozhenko(Team Ucrânia), veio nos questionar sobre os windmeter. Após um bom bate papo, Volodymyr partiu e voltou com o companheiro de time, que foi o grande campeão da Copa do Mundo de 2013, Andrii Ponomarov. Eles apontavam para nossa windmeter e discutiam em ucraniano.... Aparentemente eles gostaram do que viram! Figura 12 – Windflags (dual vane, BRT, Colin Evans) e windmeters (Colin Evans, redcup, BRT, pink ball) apesar de nenhum vento, as bluecups estavam caídas. A chuva tornava mais desafiadora a tarefa de ler o vento, pois ao molhar as fitas, estas ficavam mais pesadas e menos sensíveis ao vento. Um dos mais populares windmeters, o redcup e todas as variantes deste projeto, falharam completamente na chuva. A água tornava assimétrica a distribuição de massa no redcup e este se desequilibrava até cair ao chão. Os windmeters usados por nós, que foram fabricados pelo Colin Evans e aperfeiçoadas por mim, mostraram-se muito eficientes, inclusive na chuva! Nossas bandeiras chamaram a atenção de americanos, australianos e os ucranianos. Depois de levarmos as piores bandeiras da competição em Plzen 2013, desta vez as nossas estavam entre as melhores! A mesa dos americanos era ao lado da nossa, e reparei que as dual vane dos americanos não possuíam hélices. Questionei Todd Banks por que eles estavam sem as hélices, e ele me respondeu que as bandeiras pertenciam ao Paul Bendix, e que ele não tinha notícia da falta das hélices até montar as bandeiras em Brisbane. Todd me contou que ele gostava das hélices, pois elas começavam a girar com ventos de velocidade de 3km/h, assim ele tinha um indicativo a mais. Ficamos observando os conjuntos de bandeiras por alguns minutos, e como estavam próximas foi fácil compará-las. Ao notar que as bandeiras sem hélices eram muito mais ágeis, sorrimos e Todd confessou: “ Minhas hélices vão desaparecer assim que eu voltar para os EUA”. As nossas hélices duraram somente até o próximo intervalo entre os relays! Os treinos seguiram com os componentes da equipe brasileira se alternando nas baterias. Percebemos que muitos atiradores ainda não conheciam os chumbos JSB Premium e estavam comprando de um dos patrocinadores e testando. Após cada bateria e ao final do dia calorosas discussões sobre o efeito das condições climáticas ocupavam nosso tempo. Enquanto que muitos atletas dos outros times aproveitavam o tempo para fazer turismo na Austrália, nosso time procurava descansar e manter o foco na competição. Saímos do complexo de tiro, somente para jantar, pois o almoço se resumia a um pequeno sanduíche comprado na cantina do estande. Nos intervalos, aproveitamos para visitar as lojas dos patrocinadores, Potter Firearmas e BRT. Chumbos JSB, Rests (Farley), Windflags (BRT) windmeters (BRT), plugs estavam a venda. Também visitamos uma loja do complexo de tiro, onde encontramos vários brinquedos interessantes! Encontramos os rear bags fabricados pelo Sebastian Lambang na loja do complexo, e compramos dois modelos, um curto que apelidamos de tatuzinho e um longo que recebeu apelido de botina... Rapidamente solicitamos ao Paulo Otávio que enchesse um tatuzinho de areia, que foi o rear bag usado por nós na competição. Patchs de limpeza de cano, plugs de aferição de alvo, completaram as aquisições. Ainda durante os treinos, os americanos reclamaram que as armas fabricadas artesanalmente pelo Michael Thomas não estavam com funcionamento normal. Alguns tiros nem chegavam nos alvos. Paul Bendix desmontou a arma e em contato telefônico com o fabricante tentava resolver a questão. O problema foi resolvido, porém sequelas foram deixadas, com os competidores inseguros com relação às armas. Figura 14- Thomas air gun Mais tarde chegaram a um veredito: “ O pessoal do Australian Border Force mexeu em uma peça que alterou o alinhamento do cilindro, afetando a precisão da arma”. Prova Light Varmint Após vários meses de preparação, finalmente chegou o momento de a “onça beber água”. Dia 25/07/2015 seria o primeiro dia da competição da modalidade LV. Cada atleta deverá fazer três cartões, uma bateria por período. Assim nos próximos 1,5 dia estaríamos disputando a modalidade LV, onde o limite das armas em 16J aumenta a dificuldade em enfrentar as condições climáticas. A escala dos horários e posições das mesas foram afixados no mural, e o Flávio foi premiado com a 1ª Bateria. A seguir ficou o Paulo Otávio e eu fiquei na 3ª bateria. Na 4ª a equipe ficou de folga. O comentário de Carl Boswell não foi muito animador para o Flávio. Ele disse: “Você está indo na 1ª bateria? Bom alguém tem que começar. É a vida...” Seguimos o ritual dos dias anteriores, acordando cedo, fazendo uma refeição no quarto, e fomos para o estande. Realmente ganhamos minutos preciosos por estar hospedado dentro do complexo de tiro. Corremos para preparar os equipamentos, rest, windflags, armas, chumbos, etc, antes da cerimônia de abertura. Figura 15 - Cerimônia de Abertura Algumas palavras de agradecimento por parte do Presidente da WRABF, Bill Colaros, homenagens aos colaboradores que ajudaram a organizar o evento, aos “originais” que participaram da primeira competição WRABF (Figura 12) e sorteio de um frontrest SEB Neo!!!! O Sortudo ganhador foi um atirador da equipe da República Theca. Após a cerimônia, mais alguns minutos para preparação antes do comando “Commence Fire”! Adrenalina correndo solta, após autorização do Range Officer (RO), Flávio pegou sua carabina Steyr Hi Power 16J, e seguiu para a mesa destinada à equipe Brasileira. Após uma série de recomendações do RO, foi dado o tempo de preparação de 5 minutos. Nesta competição, com o objetivo de agilizar a organização das baterias, um tempo bastante curto era concedido entre as baterias e não era permitido fazer qualquer manutenção nas armas em cima das mesas de tiros entre as baterias. Era necessário movermos a arma para uma área onde a manutenção poderia ser feita em segurança. Assim teve situações, principalmente no LV, onde a arma de 16J foi compartilhada entre o time brasileiro, que usávamos o intervalo pequeno para abastecer o cilindro, limpar o cano, colocar o chumbo a ser usado na prova, ajustar o cronômetro. Um pouco de stress a mais antes da prova. Não podíamos esquecer de nenhum detalhe! Diferentemente de Plzen, onde um safe plug era suficiente, em Brisbane era necessário inserir um fio de nylon no cano até que sua extremidade fosse visualizada saindo pela coroa do cano. Portanto mais um item para fazer parte do check list. Como previsto por Carl Boswell, a 1ª bateria não foi fácil e Flávio com muita dificuldade conseguiu um 241-7x. Realmente as condições climáticas não estavam fáceis. Figura 16- Flávio na prova LV Próximo contemplado no sorteio foi Paulo Otávio. Durante a segunda bateria, as condições ficaram mais amenas (fato que se repetiria durante a competição de ar comprimido), e Paulo Otávio alcançou um excelente 247-8x. Figura 17- Paulo Otávio na prova LV Pedro estava escalado para atirar na terceira bateria. Como toda estreia, nervos à flor da pele! A arma LV do Flávio estava em grande forma, assim o resultado dependeria de mim. Infelizmente na terceira bateria o clima voltou a ficar um pouco mais difícil e o meu resultado foi um 242-7x. A quarta bateria não teve atleta brasileiro. Destaque para o Sul Africano Junior Koegelenberg que conseguiu um belíssimo 250-10x. Aproveitamos para comer um lanche durante a quarta bateria. Para a quinta bateria, que corresponderia ao segundo cartão do Flávio, tivemos que mudar de mesa. Flávio fez uma pontuação melhor que a primeira, apesar do vento não estar favorável. 243-6x foi a pontuação alcançada. No segundo cartão do Paulo Otávio, que corresponde à sexta bateria do dia, apesar do vento um pouco mais difícil, Paulo Otávio emendou um belíssimo 246-9x! Por volta das 13 ou 14 horas, iniciou-se a sétima bateria do dia. E infelizmente o vento ficou muuuito complicado. Nesta bateria, com exceção da Finlandesa Ulla Murisoja, todos os atiradores não tiveram bom desempenho. Consegui um resultado fraco de 233-5x. Na oitava bateria, Junior Koegelenberg sentiu a pressão de estar liderando e fez uma pontuação de 239-3x. Figura 18 – Classificação individual da classe LV após 2 alvos Após dois alvos dos três que compõe a competição da classe LV, eu ocupava o quarto inferior da tabela, Flávio na posição 33, e Paulo Otávio ocupava o 2º lugar!!! WOW! Só um pouco mais tarde que a ficha caiu! Tinha um brasileiro com reais chances de conseguir um Pódio! A título de comparação, na copa do mundo de Plzen em 2013, a melhor colocação de um brasileiro foi o 33º lugar! Reunimos nossas tralhas e fomos para o alojamento. BUMMMM! Caiu a ficha. Todo time ficou exultante frente a excelente posição alcançada pelo caçula do time. Como todos compartilhavam da mesma arma LV, os ajustes mudavam de atirador para atirador. Decidimos deixar a arma nos ajustes que favoreciam o Paulo Otávio! Confesso que foi uma noite de muita ansiedade. Talvez esta ansiedade não existisse ou fosse em menor intensidade, caso eu ou Flávio que estivéssemos ocupando o 2º lugar, mas para um pai ver seu filho nessa situação... Mantivemos o foco, porém tentamos relaxar um pouco. E fomos novamente ao shopping center em busca de uma refeição mais substanciosa. Acordamos e fomos para o estande. Um brasileiro no 2º lugar chamou a atenção de todos. Deixamos de ser coadjuvantes, para assumir uma posição de protagonistas! Mas os deuses do tiro não facilitaram para o mineiro de Araxá... No segundo dia de competição ficamos fora da primeira bateria. Flávio foi para a segunda bateria e com boas condições de vento fez um excelente 246-8x! Paulo Otávio participou da terceira bateria. E talvez uma das condições mais duras de toda competição apareceu. E Paulo Otávio com bravura fez 236-3x. Outro atletas que também estavam entre os primeiros, como Stefan Viljoen fez 236-3x, Pietro D´Amico, 233-6x, Vipha Muller, 228-5x. Paulo Otávio que estava em 2º, caiu para 17º, Stefan que era 3º caiu para 19º, Pietro que estava em 5º foi para 33º e Vipha Muller que era 8º foi para 57º... Um balde de água fria! Fiquei muito nervoso durante a prova do Paulo Otávio.... Não conseguia observar o alvo. Coisa de pai.... Nos primeiros alvos, Flávio acompanhava ele e os concorrentes, e Paulo estava tendo um desempenho superior. Flávio dizia: “Nosso menino é Bom! ” Mas o tempo piorou e tornou a bateria em um pesadelo! Esta situação mostrou dois comportamentos emocionais distintos. A atiradora Vipha Muller, teve um resultado muito ruim na bateria, mas se recuperou e foi buscar um pódio na classe HV, ao passo que o Italiano Pietro D´Amico, apesar de ser um grande atirador, não se recuperou mais na competição. Na quarta bateria e vento deu uma pequena trégua, mas eu não consegui aproveitar a janela e logo voltou a soprar com força! Resultado 238-8x. Ao final a classificação da Classe LV ficou: Flávio Vieira em 15º Paulo Otávio em 17º Pedro Junior em 63º Time Brasil 8º Sem dúvida uma grande evolução do Brasil! Afinal ficamos à frente da Ucrânia, grande campeã da copa do mundo de 2013! Figura 19- Resultado Final Oficial da Classe LV Figura 20 -Resultado Oficial por Equipes da Classe LV O time ficou bastante triste. Todd Banks nos contou que nosso amigo brasiliense, Jota Rodrigues, estava ansioso por notícias dos brasileiros. E realmente ficamos devendo, mas não tínhamos forças naquele momento. Porém estava claro que o time estava bem preparado, que tínhamos bons equipamentos e que o resultado foi uma casualidade que faz parte deste nosso esporte. Fizemos um grande esforço para nos recuperarmos, pois ainda tínhamos a modalidade HV para disputar, e sabíamos que éramos mais fortes na HV. Um fato engraçado ocorreu com o protesto do time das Filipinas. O capitão do time filipino, Richard Fernandez, fez um protesto e quando a comissão se reuniu, foram analisar o alvo e tratava-se de um alvo anotado como 10. Todos riram da situação e perguntaram ao Richard se ele queria protestar para que o 10 reduzisse para 9.
  5. Pessoal, recomendo o pistao com os anéis. Melhoraram a precisão de minha hw50! Pedro Ashidani
  6. https://www.facebook.com/pedrojunior.ashidani/media_set?set=a.947635101925746.1073741836.100000377953378&type=3 Pedro Ashidani https://www.facebook.com/pedrojunior.ashidani/media_set?set=a.947636661925590.1073741837.100000377953378&type=3 Pedro Ashidani https://www.facebook.com/pedrojunior.ashidani/media_set?set=a.948521025170487.1073741838.100000377953378&type=3 Pedro Ashidani https://www.facebook.com/pedrojunior.ashidani/media_set?set=a.950377601651496.1073741839.100000377953378&type=3 Pedro Ashidani https://www.facebook.com/pedrojunior.ashidani/media_set?set=a.950390154983574.1073741840.100000377953378&type=3 Pedro Ashidani
  7. Amigos, estamos muito felizes com esta conquista! A caminhada não foi fácil! Falta de apoio, muita burocracia, desconhecimento na companhia aérea, acabaram dando um sabor especial à conquista! Um grande obrigado a todos que torceram e mandaram boas vibrações pro outro lado do mundo! Pedro Ashidani
  8. Pra que gastar tempo com isso? Atira direto da lata, sô! [emoji48] Pedro Ashidani
  9. Macena, alvo abrigado é um cão chupando manga! Este tipo de estande é comum na Europa, pois é adaptado de outras provas de tiro. Tem problemas de luminosidade, térmicas, miragem, vento canalizado... Veja a foto! Não sei o que vc considera semi indoor, mas olhando pelas fitas, acho que está ventando uns 15km/h. Quando existem edificações, acontecem turbilhonamento o que dificulta ainda mais. Perto do atirador o vento está para esquerda, um pouco para frente está para direita.... EM MINHA OPINIÃO, as práticas deveriam ser de acordo com as regras oficiais. Alterar as regras, condiciona os praticantes a um comportamento que pode prejudica-lo quando for participar de uma competição oficial. Por exemplo no caso do uso do plug 5.5 para armas de calibre 4.5. Um atleta estará acostumado a fazer uma compensação, considerando que o tiro ainda será um 10, mas na hora de aferir a pontuação com plug 4.5 o tiro será na verdade um 9.
  10. Estou um pouco longe... Já está bem difícil viajar para as provas oficiais...
  11. Mikami, no Brasil desconheço provas indoor. Aqui de longe, tenho a impressão que falta dispositivos para a correta avaliação do vento na pista. Realmente, nem sempre é possível atirar sem vento, assim é fundamental saber atirar com vento! Como um amigo costuma dizer: " Mares tranquilos não formam bons marinheiros". Vejam como fica um stand durante uma prova de benchrest...
  12. Eu sei que se trata de uma prova interna, porém gostaria de alertar que para o USBR deve-se usar o plug no calibre da arma usada na prova. Já nas regras do WRABF, usa-se sempre o plug do calibre 5.5 independente do calibre da arma utilizada na prova.
  13. Qual é o lote? Mostra a foto da etiqueta em baixo!
  14. O mount dampa tem um sistema que absorve energia, evitando que lunetas quebrem devido ao recuo. Além disso, consegue manter a luneta posicionada, coisa que outros sistemas não conseguem. Já o. Mount BKL permite um alinhamento adequado entre luneta e cano, fato muito improvável de acontecer com os Mounts xing ling. Pedro Ashidani
  15. Takao, você tem se mostrado um talentoso atirador. E está tirando leite de pedra. Eu nunca participei de uma prova de FT. Minha praia é o BR. Porém o fator luneta é muito mais importante no FT que no BR. Normalmete os alvos estão bem iluminados nas provas de BR, assim uma luneta de qualidade óptica intermediária não tem muito impacto. Já no FT, imagino que no meio do mato, há situações onde o bicho está em uma sombra, aí fica difícil estimar a distância ao alvo por meio do ajuste de paralaxe. As carabinas tops de mola são bem acessíveis, basta ver a quantidade de TX200 e HW97 que existem por aí. Discordo quando vc diz que as armas de BR são mais tops que as de FT. Com excessão da Atamam e da BM500, a maioria das armas usadas no BR foram desenvolvidas para FT. Basicamente as armas para BR precisam de uma coronha diferente... Diria que até mais simples que as de FT. Ainda acho inadequado um iniciante começar pelo FT.
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