Efeito da Temperatura em carabinas de ar com mola a gás

[Alberto José]

Há queda considerável da energia na boca do cano, em uma carabina de ar equipada com mola a gás ?!

 

 

Infelizmente, aqui o inverno é glacial e a temperatura mínima durante o dia, no meu "stand de tiro", se situa em torno de 16 ºC pela manhã.

 

Aproveitando a estação de baixas temperaturas, será que algum membro poderia cronografar uma carabina equipada com mola a gás ?

 

Sugestão de metodologia:

 

- escolher a carabina para teste

 

- escolher um chumbo para ser usado no teste. Uma vez escolhido o chumbo, deve-se reservar alguns exemplares para serem usados no verão.

 

- efetuar o "teste de inverno", anotando-se a data, hora e a temperatura ambiente no local do teste (com termômetro, não usar celular para obter a temperatura), efetuando-se 10 disparos iniciais para "aquecimento" e em seguida 10 disparos cronografados.

 

- guardar a carabina usada no teste até o verão. É importante para preservar as mesmas condições da carabina.

 

- efetuar o "teste de verão", anotando-se a data, hora e a temperatura ambiente no local do teste (com termômetro, não usar o celular para obter a temperatura), efetuando-se 10 disparos iniciais para "aquecimento" e em seguida 10 disparos cronografados.

 

Comparar os resultados, de acordo com o artigo da IGS, para cada grau Farenheit (ºF) ocorre uma variação linear de 0,19% (temperatura padrão de 68 ºF = 20 ºC).

 

Mesmo ensaio seria para armas acionadas a CO2, pois é sabido que a pressão de vapor do dióxido de carbono é algo em torno de 850 psi a 21 ºC. Vídeos no youtube mostram o dióxido de carbono saindo em estado líquido pelo cano, em disparos a baixas temperaturas.

 

:2guns:alguém se habilita ?

 

Complementando:

 

Em uma temperatura de 5 ºC, teríamos uma diferença de 15ºC (59 ºF) em relação a temperatura de referência da mola a gás, ou seja:

 

59 x 0,19% = 11,21%

 

Em uma mola a gás de 40 kgf, teríamos algo em torno de 4,5 kgf a menos.

Editado Junho 16, 2016 por Alberto José

[TPERETTI666]

Tivesse falado semana passada eu podia dar uma mão, agora tá esquentando de novo...

Deu temperaturas negativas aqui na região por 5 dias seguidos, entre -4 e -5° as 06:00hs.

Vamos torcer pro tempo ajudar agora...

 

Aqui um teste feito com duas HT125 Sniper, uma com mola helicoidal e outra Vortex que é o GR da Hatsan mesmo.

As duas apresentaram perda de potência no frio...

Editado Junho 16, 2016 por TPERETTI666
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[Ylram]

O que eu já comprovei na pratica é que a temperatura influência, tal como a humidade do ar. Se eu for falar só desses fatores, comparando um dia quente (25c) com um dia frio (15c) tenho que ajustar cerca de 1 a 2 click (1/4 MOA) com o frio o POI cai ou seja a energia diminui pelo que entendo (e também pela densidade do ar se não me engano).

[Alberto José]

O que eu já comprovei na pratica é que a temperatura influência, tal como a humidade do ar. Se eu for falar só de temperatura, comparando um dia quente (25c) com um dia frio (15c) tenho que ajustar cerca de 1 a 2 click (1/4 MOA) com o frio o POI cai ou seja a energia diminui.

 

Neste teste, estamos em busca do desempenho das molas a gás em situações de temperaturas extremas.

 

Realmente a umidade do ar impõe uma queda no alcance do projétil. Me recordo de alguns testes feitos pelos militares EUA no Alaska, comparando-se M16 e AK47 em que o alcance diminuiu consideravelmente devido a densidade do ar.

 

No caso do cronógrafo, como a medição será na boca do cano, assim a influência do ar se resumirá a algo em torno de menos de um metro.

[Ylram]

Eu acho que em temperaturas extremas ou o GR emperra (congelamento da lubrificação) ou explode (vedação não aguenta). No GR tem algo sobre a temperatura de operação se não me engano.

 

PS: entendi sim a brincadeira, só resolvi compartilhar algumas curiosidades praticas.

[R_Fritz]

Não tem como atirar nesse frio mestre kkkkkk

 

Agora já está dando uma amenizada novamente hehehehe.

[Líbero]

♪ A cabeça não entrava ♫ na culatra apertadinha ♫

Calma lá... não é uma parte de letra de funk não!
É o que literalmente aconteceu em um dia bem frio: a cabeça do chumbinho não entrava na culatra da carabina. Ia depois de forçada e a saia ficava um pouco para fora.
Isso aconteceu com um chumbinho do qual eu já estava usando antes e sem esse tipo de ocorrência em temperaturas ambientes normais.
Na hora, além de me ocorrer a inspiração para a "letra de funk", lembrei-me dos fenômenos da física sobre os efeitos de dilatação e contração dos metais por causa da temperatura.
O que ocorreu foi uma contração do cano da arma por causa do frio diminuindo também o diâmetro da culatra, enquanto que o chumbo se manteve mais estável em suas dimensões.
Outro fenômeno que notei foi a ocorrência de uma "fumacinha" que saia junto com tiro, porém sem o cheiro de óleo queimado ou presença de fumaça dentro do cano (não era o efeito diesel). Concluí que se tratava de uma pequena condensação do ar comprimido ao sair quente de encontro com o ar ambiente mais frio. Isso ocorre quando falamos em um ambiente gelado e parece sair fumaça da boca. No caso da carabina isso demonstrou que o ar comprimido realmente sofre a elevação da temperatura pela compressão.

Ah! e o ponto de impacto baixou uns 3 centímetros em 20 metros.

[Alberto José]

 

 

Aqui um teste feito com duas HT125 Sniper, uma com mola helicoidal e outra Vortex que é o GR da Hatsan mesmo. As duas apresentaram perda de potência no frio...

 

Obrigado pela postagem dos vídeos.

 

Numa análise rápida, com base nos resultados, a mola helicoidal foi mais suscetível ao efeito da temperatura pois a diferença na velocidade foi de 7,5% contra 6,7% da mola a gás.

[TPERETTI666]

 

Obrigado pela postagem dos vídeos.

 

Numa análise rápida, com base nos resultados, a mola helicoidal foi mais suscetível ao efeito da temperatura pois a diferença na velocidade foi de 7,5% contra 6,7% da mola a gás.

 

O conhecimento só vale alguma coisa se for compartilhado mestre Alberto, fico feliz em ter ajudado.

[R_Fritz]

Lembrando senhores que em contrapartida a mola helicoidal tem maior tendência de quebrar devido ao frio que o GR.

[Alberto José]

 

Tendo em vista a chegada da época das baixas temperaturas, ALLguém aí do Sul Maravilha se habilita a efetuar teste em cronógrafo ?

 

- escolha do chumbo;

- guardar chumbo do mesmo lote, suficientes, para efetuar a medição da velocidade no verão;

- medição da velocidade e da temperatura no inverno;

- não efetuar modificações na carabina utilizada que possam influenciar nos resultados da medição no verão.

[R_Fritz]

Mestre, chegando a ht125 que o Ademar está niquelando posso até fazer em ambiente controlado e medindo a temperatura da carabina com leitor de temperatura por laser.

 

É só passar os ∆ pretendidos de teste.

[TPERETTI666]

Tô dentro também, vou selecionar uns RPR pra essa missão. Quantos disparos acha que é necessário? Não tenho termômetro pra medir a temperatura da carabina, só a ambiente...

[marco]

Na minha cfx eu notei uma coisa,nos 25m com temperatura na casa dos 23° o poi é x digamos, a 9° o poi baixou 2cm

 

Enviado de meu MotoG3 usando Tapatalk

[Alberto José]

Mestre, chegando a ht125 que o Ademar está niquelando posso até fazer em ambiente controlado e medindo a temperatura da carabina com leitor de temperatura por laser.

 

É só passar os ∆ pretendidos de teste.

 

 

Uma variação máxima de uns 30ºC a 35ºC. Se conseguir temperatura abaixo de zero, seria interessante. Consegue fazer incrementos de 10 (0 - 10 - 20 -30) ? Ou no mínimo 3 temperaturas (0, 15 e 30).

 

Tô dentro também, vou selecionar uns RPR pra essa missão. Quantos disparos acha que é necessário? Não tenho termômetro pra medir a temperatura da carabina, só a ambiente...

 

Neste caso, ensaio inverno e verão

 

Strings de 10 tiros com intervalos de 2 minutos para tentar estabilizar a temperatura interna da mola a gás com medições de velocidade e temperatura externa do cilindro com termopar se possível, caso contrário a temperatura ambiente (a cada disparo).

 

Evidentemente, a depender dos resultados iniciais, o executante tem condições de mudar a metodologia.

 

Este ensaio pode ser feito também com molas helicoidais e carabinas acionadas por CO₂ cuja pressão de vapor se situa em torno de 850 psi. Os resultados "gringos" do vídeo postado pelo TEPERETTI666 indicam uma queda de performance ligeiramente maior em molas helicoidais do que nas molas a gás.

[R_Fritz]

 

 

Uma variação máxima de uns 30ºC a 35ºC. Se conseguir temperatura abaixo de zero, seria interessante. Consegue fazer incrementos de 10 (0 - 10 - 20 -30) ? Ou no mínimo 3 temperaturas (0, 15 e 30).

 

 

Neste caso, ensaio inverno e verão

 

Strings de 10 tiros com intervalos de 2 minutos para tentar estabilizar a temperatura interna da mola a gás com medições de velocidade e temperatura externa do cilindro com termopar se possível, caso contrário a temperatura ambiente (a cada disparo).

 

Evidentemente, a depender dos resultados iniciais, o executante tem condições de mudar a metodologia.

 

Este ensaio pode ser feito também com molas helicoidais e carabinas acionadas por CO₂ cuja pressão de vapor se situa em torno de 850 psi. Os resultados "gringos" do vídeo postado pelo TEPERETTI666 indicam uma queda de performance ligeiramente maior em molas helicoidais do que nas molas a gás.

Posso tentar mestre. Vamos ver se até ela chegar e manter o friozinho do inverno, acho que consigo algo bem perto disto, tenho uma salinha de uns 5-6m² com um ar de 9000BTUs (por que Blumenau no verão é um infernode 47ºC ).

 

Chegando a HT125 faço o teste.